Sociocultural factors related to the physical activity in boys and girls: PeNSE 2012
Fatores socioculturais associados à atividade física de meninos e meninas: PeNSE 2012

Rev. saúde pública (Online); 53 (), 2019
Publication year: 2019

ABSTRACT OBJECTIVE:

To verify in male and female Brazilian adolescents the association of demographic, psychosocial, behavioral and sociocultural characteristics with the regular practice of physical activity.

METHODS:

The sample consisted of 109,104 adolescents from all Brazilian states attending the 9th year of elementary education in 2012. The response variable was the regular practice of physical activity (300+ minutes/week).

The explanatory variables were grouped into four fields:

demographic, psychosocial, behavioral and sociocultural. The Poisson regression was stratified by sex to evaluate the association.

RESULTS:

The prevalence of active adolescents was 20.2%, higher in boys (27.9%) than in girls (13.1%). It was observed a greater practice of physical activity in boys of lower age group, children of mothers with higher schooling, who consumed healthy foods such as beans, fruits, vegetables, and milk, as well as among those with family supervision. At the same time, unhealthy habits such as insomnia and alcohol consumption were also positively associated with physical activity. In girls, greater physical activity was observed among those who lived with mothers and whose mothers had higher schooling. In addition to family supervision, the practice of physical activity in girls was also positively associated with the frequency of meals with their parents. However, as in boys, insomnia and alcohol consumption were associated with an increase in the practice of physical activity.

CONCLUSIONS:

One-fifth of adolescents practice physical activity regularly, demonstrating the need for specific public policies to increase the percentage of active young people in the country. Maternal schooling, healthy eating habits and family supervision were associated with regular physical activity in boys and girls, evidencing the importance of the family for the acquisition of healthy habits in this age group.

RESUMO OBJETIVO:

Verificar em adolescentes brasileiros dos sexos masculino e feminino a associação de características demográficas, psicossociais, comportamentais e socioculturais com a prática regular de atividade física.

MÉTODOS:

A amostra foi constituída por 109.104 adolescentes de todos estados do Brasil cursando o 9° ano do ensino fundamental em 2012. A variável resposta foi a prática regular de atividade física (300+ minutos/semana).

As variáveis explicativas foram agrupadas em quatro domínios:

demográfico, psicossocial, comportamental e sociocultural. Para avaliar a associação, foi realizada a regressão de Poisson, estratificada por sexo.

RESULTADOS:

A prevalência de adolescentes ativos foi de 20,2%, maior em meninos (27,9%) do que em meninas (13,1%). Constatou-se maior prática de atividade física em meninos de menor faixa etária, filhos de mães com maior escolaridade, que consumiam alimentos saudáveis como feijão, frutas, verduras, legumes e leite, assim como entre aqueles com supervisão familiar. Ao mesmo tempo, hábitos não saudáveis como insônia e consumo de álcool também se associaram positivamente à prática de atividade física. Em meninas, foi observada maior prática de atividade física entre aquelas que viviam com as mães e cujas mães tinham maior escolaridade. Além da supervisão familiar, a prática da atividade física nas meninas também esteve associada positivamente com a frequência de realização das refeições com os pais. Entretanto, assim como nos meninos, a insônia e consumo de álcool se associaram ao aumento da prática da atividade física.

CONCLUSÕES:

Um quinto dos adolescentes praticam atividade física regularmente, demonstrando a necessidade de políticas públicas específicas para aumentar o percentual de jovens ativos do país. A escolaridade materna, hábitos alimentares saudáveis e supervisão familiar foram associados à prática regular de atividade física em meninos e meninas, evidenciando a importância da família para a aquisição de hábitos saudáveis nessa faixa etária.

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