Maternity leave and exclusive breastfeeding
Licença-maternidade e aleitamento materno exclusivo

Rev. saúde pública (Online); 53 (), 2019
Publication year: 2019

ABSTRACT OBJECTIVE:

To analyze the association between maternity leave and exclusive breastfeeding and to estimate the prevalence of exclusive breastfeeding in children under six months of life.

METHODS:

Cross-sectional study, with mothers of children under six months of life, attended in primary health care units with Breast Milk Collection Services in the municipality of Rio de Janeiro, Brazil, in 2013 (n = 429).

We analyzed characteristics concerning:

maternal sociodemographic aspects, household, prenatal care, childbirth, maternal lifestyle, the child, health care, and infant feeding. Adjusted prevalence ratios (APR) were obtained by Poisson regression with robust variance according to hierarchical approach, and we kept in the final model variables that were associated (p ≤ 0.05) with exclusive breastfeeding (outcome).

RESULTS:

Among the interviewed mothers, 23.1% were on maternity leave and 17.2% were working. The prevalence of exclusive breastfeeding was 50.1%. The maternal work with maternity leave was associated with higher prevalence of the outcome (APR = 1.91; 95%CI 1.32-2.78), compared with mothers who worked without maternity leave.

CONCLUSIONS:

Maternity leave has contributed to the practice of exclusive breastfeeding for children under six months of life, which indicates the importance of this benefit in protecting exclusive breastfeeding for women inserted in the formal labor market.

RESUMO OBJETIVO:

Analisar a associação entre a licença-maternidade e o aleitamento materno exclusivo e estimar a prevalência de aleitamento materno exclusivo em crianças menores de seis meses de vida.

MÉTODOS:

Estudo transversal, com mães de crianças menores de seis meses, assistidas por unidades básicas de saúde com Posto de Recolhimento de Leite Humano Ordenhado no município do Rio de Janeiro, Brasil, em 2013 (n = 429). Foram analisadas características sociodemográficas maternas, domiciliares, da assistência pré-natal, do parto, do estilo de vida materno, da criança, da assistência à saúde e da alimentação infantil. Razões de prevalências ajustadas foram obtidas por regressão de Poisson com variância robusta, segundo abordagem hierarquizada, sendo mantidas no modelo final as variáveis que se associaram (p ≤ 0,05) ao aleitamento materno exclusivo (desfecho).

RESULTADOS:

Entre as mães entrevistadas, 23,1% estavam em licença-maternidade e 17,2% estavam trabalhando. A prevalência de aleitamento materno exclusivo em menores de seis meses foi de 50,1%. O trabalho materno com licença-maternidade esteve associado a uma maior prevalência do desfecho (RPa = 1,91; IC95% 1,32-2,78), comparado às mães que trabalhavam sem licença-maternidade.

CONCLUSÕES:

A licença-maternidade contribuiu para a prática do aleitamento materno exclusivo em crianças menores de seis meses de vida, o que indica a importância desse benefício na proteção do aleitamento materno exclusivo para as mulheres inseridas no mercado de trabalho formal.

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