Eficiência na assistência hospitalar em Portugal: um estudo comparativo
Secondary health care efficiency in Portugal: a comparative study

J. bras. econ. saúde (Impr.); 10 (3), 2018
Publication year: 2018

Objetivo:

Os hospitais públicos em Portugal melhoraram desde 2002 seus resultados em termos de eficiência, porém, nem sempre na mesma proporção nas diferentes regiões do país. O presente estudo tem como objetivo analisar os escores de eficiência em unidades hospitalares nas cinco regiões administrativas portuguesas.

Métodos:

A técnica da Análise Envoltória de Dados para quantificar e comparar a eficiência na atenção hospitalar em 27 unidades hospitalares das cinco regiões. Na aplicação dos modelos usaram-se quatro tipos de variáveis: insumos (custos totais), serviços prestados medidos pelo número de doentes atendidos ajustados por case-mix, qualidade do serviço prestado e acesso ao mesmo, bem como o ambiente externo (demografia e epidemiologia) usado para homogeneizar as condições em que os hospitais operam.

Resultados:

O nível de ineficiência médio, apenas para hospitais ineficientes, é aproximadamente 6%, um valor próximo do encontrado na literatura. Este valor corresponde a cerca de 370 milhões de Euros desperdiçados.

Conclusões:

Os hospitais públicos portugueses exibem um desempenho médio considerável. No entanto, existem regiões com pontuações maiores que a média nacional e outras com resultados mais pobres. A diversidade encontrada aponta para disparidades que merecem atenção especial de formuladores de políticas e gestores.

Objective:

This study analysis the efficiency levels of public hospitals in Portugal. The paper explains the health care decentralization process in Portugal (started 1993) and the reforms of corporatization and merging. These ones intended to optimize costs with health care, improving efficiency, and augmenting the access and quality to the health services.

Methods:

Data Envelopment Analysis was used to estimate and compare the efficiency of 27 hospital units distributed across five administrative regions.

In the application of the models four types of variables were used:

inputs (total costs), services provided measured by the number of patients attended by case-mix, quality of service provided and access to it, as well as the external environment (demography and epidemiolog) used to homogenize the conditions in which the hospitals operate.

Results:

The average level of inefficiency, only for inefficient hospitals, is approximately 6%, a value close to that found in the literature. This amount corresponds to about 370 million Euros wasted.

Conclusions:

Portuguese public hospitals exhibit a considerable average performance. Nevertheless, there are regions with scores larger than the national average and others with poorer outcomes. The diversity found points towards disparities deserving special attention from policy makers and managers.

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