Qual material possui maior longevidade em molares decíduos: resina composta ou cimento de ionômero de vidro? - revisão sistemática da literatura
Which material has the highest longevity in primary molars: composite resin or glass ionomer cement? - a systematic review of the literature

HU Rev. (Online); 44 (1), 2018
Publication year: 2018

Introdução:

Diversos materiais restauradores são indicados para a restauração de dentes decíduos posteriores, como amálgama, resina composta, cimento de ionômero de vidro convencional, cimento de ionômero de vidro modificado por resina e resinas compostas modificadas com poliácidos (compômeros). Entretanto, uma dúvida ainda persiste quanto ao desempenho clínico do cimento de ionômero de vidro, em decorrência de suas propriedades, para ser utilizado como material restaurador definitivo em molares decíduos.

Objetivo:

Realizar uma revisão sistemática da literatura acerca da taxa de sobrevivência de restaurações realizadas em molares decíduos utilizando resina composta e cimento de ionômero de vidro, buscando com base em evidências científicas, responder a PICO question: “Qual material possui maior longevidade em molares decíduos: resina composta ou cimento de ionômero de vidro?”.

Material e métodos:

Para este fim foram realizadas buscas em duas bases de dados, PubMed e Web of Science, utilizando uma estratégia de busca previamente determinada, para selecionar artigos de acordo com critérios de inclusão e exclusão criados para esse trabalho por dois examinadores calibrados.

Resultados:

A seleção dos artigos foi realizada de acordo com o fluxograma do PRISMA e foi criada uma tabela para avaliação qualitativa dos artigos selecionados. Foram encontrados 398 artigos na base de dados PubMed e 375 na Web of Science, sendo 153 coincidentes em ambas. Quarenta e seis artigos foram selecionados para leitura completa, dentre eles 42 foram excluídos, e quatro artigos foram incluídos para esta revisão.

Conclusão:

Os artigos desta revisão demonstraram que a resina composta possuiu maior longevidade em molares decíduos comparada aos cimentos de ionômero de vidro. Porém futuros estudos clínicos necessitam ser conduzidos para comprovar qual o material mais indicado para restaurá-los, já que os cimentos de ionômero modificados por resina mostraram taxas de sobrevivência clínica satisfatórias.

Introduction:

Several restorative materials are indicated for restoration of posterior deciduous teeth, such as amalgam, composite resin, conventional glass ionomer cement, resin modified glass ionomer cement and composite resins modified with polyacids (compomers). However, a doubt still persists related to the clinical performance of the glass ionomer cements to be used to restore deciduous molars, due to its properties.

Objective:

To perform a systematic review of the literature about the survival rate of composite resin and glass ionomer cement restorations performed in deciduous molars aiming scientific evidence to answer the PICO question: “Which material has greater longevity in deciduous molars: resin composite or glass ionomer cement?” Material and methods: The research was performed on two databases, PubMed and Web of Science, using a predetermined search strategy to select articles according to the inclusion and exclusion criteria, evaluated by two calibrated examiners.

Results:

The selection of the articles was carried out according to the PRISMA flowchart and a table was created for the qualitative evaluation of the included articles. It was found 398 articles in the PubMed database and 375 in the Web of Science, 153 of which were coincident in both. Forty-six articles were selected for complete reading, 42 of which were excluded, and four articles were included in this review.

Conclusion:

The articles investigated in this review demonstrated that composite resin has a higher longevity in deciduous molars compared to glass ionomer cements. However, future clinical studies are needed to attest which material is better to restore them, since the resin modified glass ionomer cements showed satisfactory clinical survival rates.

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