Velhice e Institucionalização: Cenas da vida no abrigo
Old Age and Institutionalization: Life scenes in the shelter
Vejez e Institucionalización: Escenas de la vida en el refugio
Rev. Kairós; 21 (1), 2018
Publication year: 2018
O presente relato apresenta uma atividade de pesquisa desenvolvida em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI). Esta pesquisa de mestrado buscou abordar as narrativas acerca da vida antes e durante a institucionalização de oito residentes, quatro homens e quatro mulheres, com idade entre 66 e 89 anos, residentes de dois a sete anos na ILPI. Com base no referencial teórico da Psicanálise e da teoria artaudiana de teatro, foi possível pensar a existência do ponto de vista da encenação, cuja palavra é elemento central para a existência. Por fim, conclui-se que a experiência vivida com a tessitura da dissertação de mestrado, que se encontra aqui resumida, traz a importância de ser sujeito quando inserido em processos de institucionalização. Há possibilidades. Há caminhos. Há construções a serem feitas e que permitem que, mesmo dentro de normas rígidas e coletivizadas, o sujeito possa se fazer sujeito. Uma dessas formas é dar-lhe voz e autonomia para contar sua história da forma que quiser, ou que acredita ser. Outra é uma transformação da ILPI como é dada para a construção de um lugar aberto a possibilidades, a escolhas, mesmo que limitadas, por meio da escuta. As
pessoas que lá se encontram precisam sentir-se pessoas. Precisam de voz e de ouvidos que as escutem. Precisam de meios de representação. Precisam de plateia.
This report is a research activity developed in a Long Term Care Institutions for Elderly (ILPI). This master's research sought to bring the narratives about life before and during the institutionalization eight residents, four men and four women, aged between 66 and 89 years, residents of two to seven years in ILPI. Based on the theoretical framework of psychoanalysis and the Artaud’s theory theater it was possible to think of the existence of the point of view of staging, whose word is central to existence. Finally, it is concluded that the
experience with the fabric of the dissertation, which is summarized here, brings the importance of being subject when inserted into institutionalization processes. There are possibilities. There are ways. There is one construction work being done and that allow even within strict rules and collectivized the subject can be made subject. One of those ways is to give voice and autonomy to tell your story the way they want, or believed to be. Another is a transformation of ILPI is given as for the construction of an open place to possibilities, the choices, though limited, by listening. People who are there need to feel people. They need
voice and ears that listen. They need representation means. They need audience.
El presente relato presenta una actividad de investigación desarrollada en una Institución de Larga permanencia para ancianos (ILPI). Esta investigación de maestría buscó abordar las narrativas acerca de la vida antes y durante la institucionalización de ocho residentes, cuatro hombres y cuatro mujeres, con edad entre 66 y 89 años, residentes de dos a siete años en la ILPI. Con base en el referencial teórico del psicoanálisis y la teoría artaudiana de teatro fue posible pensar la existencia del punto de vista de la escenificación, cuya palabra es elemento central para la existencia. Por último, se concluye que la
experiencia vivida con la tesitura de la disertación de la disertación que se encuentra aquí resumida, trae la importancia de ser sujeto cuando se inserta en procesos de institucionalización. Hay posibilidades. Hay caminos. Hay construcciones a ser hechas y que permiten que incluso dentro de normas rígidas y colectivizadas el sujeto pueda hacerse sujeto. Una de esas formas es darle voz y autonomía para contar su historia de la forma que quiera, o que cree ser. Otra es una transformación de la ILPI como se da para la construcción de un lugar abierto a posibilidades, a elecciones, aunque limitadas, por medio de la escucha. Las personas que allí se encuentran necesitan sentirse personas. Necesitan voz y oídos que las escuchen. Necesitan medios de representación. Necesitan una audiencia.