Low energy reserves are associated with fasting susceptibility in Neotropical nectar bats Glossophaga soricina
Baixas reservas energéticas corporais estão associadas à susceptibilidade ao jejum da espécie Glossophaga soricina
Braz. j. biol; 79 (2), 2019
Publication year: 2019
Abstract Neotropical nectar-feeding bats consume large amounts of sugar and use most of their energy-rich diet directly from the bloodstream, suggesting an adaptation towards lower body energy reserves. Here we tested the hypothesis that bats Glossophaga soricina spare the energy costs of storing energy reserves, even if this would represent a risky susceptibility during fasting. Blood glucose concentrations in 18 h fasted bats showed a 40% decrease. Breast muscle and adipose tissue lipids, as well as carcass fatty acids and liver glycogen, were also decreased following fasting. The inability to keep normoglycemia following a short-term fasting (i.e. 28 h) confirm that nectar bats invest little on storing energy reserves and show a severe fasting susceptibility associated to this pattern. Our study also support the general hypothesis that evolutionary specializations towards nectar diets involve adaptations to allow a decreased body mass, which reduces the energy costs of flight while increases foraging time.
Resumo Morcegos nectarívoros que ocorrem na região Neotropical consomem grandes quantidades de carboidratos, e usam a energia obtida da dieta diretamente, a partir da glicose na circulação sanguínea. Esta adaptação sugere que morcegos nectarívoros tenham evoluído no sentido de apresentar adaptações fisiológicas que permitam o baixo armazenamento de reservas energéticas corporais. Nós testamos a hipótese de que morcegos Glossophaga soricina poupam o gasto energético envolvido com a formação de reservas energéticas teciduais, mesmo que isso represente uma arriscada suscetibilidade da espécie frente ao jejum. As concentrações de glicose apresentaram uma diminuição de 40% após 18 h de jejum. As concentrações de lipídios do músculo peitoral e do tecido adiposo, bem como as de ácidos graxos da carcaça e glicogênio hepático também diminuíram após 18 h de jejum. A incapacidade de manter a normoglicemia observada após o jejum de curto-prazo confirma que morcegos nectarívoros desta espécie não investem na formação de reservas energéticas, e apresentam, consequentemente, uma severa susceptibilidade ao jejum. Este estudo suporta a hipótese de que adaptações evolucionárias da espécie envolvem diminuição da massa corporal, reduzindo o custo energético do voo e aumentado o tempo de forrageamento.