Vertebrate florivory of vascular epiphytes: the case of a bromeliad
Florivores vertebrados de epífitas vasculares: o caso de uma bromélia
Braz. j. biol; 79 (2), 2019
Publication year: 2019
Abstract The avoidance of vertebrate herbivory is thought to be one of the possible drivers for the evolution of epiphytism. Scarce literature suggests that epiphyte herbivory is mainly related to insect attack on reproductive structures. In a pine-oak forest we observed almost all inflorescences of an epiphytic bromeliad (Tillandsia carlos-hankii) with signs of florivory; the degree of damage suggested that vertebrate herbivores could be involved. To assess the intensity of vertebrate florivory damage we recorded the percentage of damaged individuals in a 500 m2 plots during two flowering seasons. To identify possible vertebrate herbivores, we installed 20 mixed capture stations, 10 photo-traps focused on bromeliads and analyzed stomach contents of captured vertebrates. Florivory was observed on 62% of individuals during the first flowering season and 77% on the second; and average one individual lost 41% of reproductive structures. Vertebrates associated with florivory were a bird, Icterus bullockii (Aves, Passeriformes, Icteridae), a squirrel Sciurus aureogaster (Mammalia, Rodentia, Sciuridae), and mice, Peromyscus gratus, P. levipes and P. aztecus (Mammalia, Rodentia, Cricetidae). Our results suggest that vascular epiphytes are used as opportunistic resources for small vertebrates during seasons when preferred resources are scarce.
Resumo Acredita-se que a prevenção da herbivoria dos vertebrados é um dos possíveis impulsores da evolução da epífita. A literatura escassa sugere que a herbivora em epífitas está relacionada principalmente ao ataque de insetos as estruturas reprodutivas. Em uma floresta de pinheiros observamos que quase da todas as inflorescências de uma bromélia epífita (Tillandsia carlos-hankii) apresentavam sinais de florivoria; o grau de danos sugeria que herbívoros majores (vertebrados) pudessem estar envolvidos. Para avaliar a intensidade do dano de florivoria de vertebrados, registramos a porcentagem de indivíduos danificados em quadrantes de 500 m2 durante duas estações de florescimento. Para identificar possíveis herbívoros vertebrados, instalamos 20 estações de captura mista e analisamos o conteúdo estomacal de vertebrados capturados. Além disso, foram instaladas 10 foto-armadilhas focadas em bromélias. A florivoria foi observada em 62% dos indivíduos durante a primeira estação de floração e 77% na segunda. Os vertebrados associados à florivoria foram pássaro, Icterus bullockii (Aves, Passeriformes, Icteridae), um esquilo Sciurus aureogaster (Mammalia, Rodentia, Sciuridae) e ratos, Peromyscus gratus, P. levipes e P. aztecus (Mammalia, Rodentia, Cricetidae). Assim, nossos resultados sugerem que epífitas vasculares são usadas como recurso facultativo para estes animais durante as estações, quando os recursos preferidos estão escassos.