Dificultades de acceso al aborto en contextos de interrupción legal del embarazo: narrativa de estudiantes de bachillerato en una comunidad campesina de México
Difficulties accessing abortion in legal termination contexts: high school students' narratives in a rural community in Mexico
Dificuldades de acesso ao aborto em contextos de interrupção legal da gravidez: narrativa de estudantes do Ensino Médio em uma comunidade rural do México

Cad. Saúde Pública (Online); 35 (3), 2019
Publication year: 2019

Resumen:

En este trabajo se analizan las creencias y prácticas entre jóvenes estudiantes de bachillerato que buscan o consideran la posibilidad de interrumpir un embarazo. Se eligieron estudiantes de una escuela pública situada en un una comunidad rural y campesina de la Ciudad de México, México. Es un estudio etnográfico de corte constructivista, basado en entrevistas en profundidad a 15 mujeres de entre 18 y 24 años de edad, con vida sexual activa. Las entrevistas fueron grabadas con autorización y bajo el consentimiento informado de los participantes. Los hallazgos indican que persisten estigmas sociales que afectan la dignidad de las mujeres que eligen abortar. Sin embargo, las ideologías católicas no parecen ser persuasivas para que las informantes decidan continuar con un embarazo que no desean. En todo caso, la falta de confidencia en las clínicas puede llevar a las jóvenes a optar por espacios clandestinos o a la automedicación, generalmente basada en herbolaria y pastillas abortivas. Llama la atención que las informantes reconocieron que no usaban preservativos y que eventualmente emplean anticonceptivos orales. Los sistemas de salud públicos en la comunidad no siempre garantizan la confidencialidad para interrumpir legalmente un embarazo, por eso no son contemplados por las jóvenes entrevistadas como la primera opción para suspender la gestación. Por otro lado, es muy necesaria la consolidación de proyectos educativos en sexualidad que permitan a las jóvenes evitar embarazos que no desean y puedan ejercer plenamente sus derechos sexuales y reproductivos. Además, es importante incluir acciones relativas a la sensibilización y capacitación de profesionales de las instituciones de enseñanza.

Abstract:

In this article, we analyze beliefs and practices among young high school students who seek out or consider the possibility of terminating a pregnancy. We selected students from a public school located in a rural, peasant community in México City, México. This is a constructivist ethnographic study based on in-depth interviews with 15 sexually-active women aged between 18 and 24 years. The interviews were recorded with participants' authorization and informed consent. Results indicate that social stigmas persist which affect the dignity of women who have chosen to have an abortion. However, Catholic ideologies do not seem persuasive for participants who chose to carry the unwanted pregnancy to term. In any case, the absence of confidentiality in the clinics may lead young women to opt for clandestine spaces or for self-medication, usually based on natural medicine or abortive pills. Significantly, participants acknowledged that they did not use condoms and that they occasionally use oral contraceptives. The public health system in the community does not always guarantee confidentiality for legal terminations, for this reason participants do not consider it the first option for having an abortion. On the other hand, sexual education projects are indispensable for enabling young women to avoid unwanted pregnancies and to freely exercise their sexual and reproductive rights. Additionally, actions are needed for sensitizing and training education workers.

Resumo:

Neste trabalho são analisadas as crenças e práticas entre jovens estudantes do Ensino Médio que procuram ou consideram a possibilidade de interromper uma gravidez. Foram selecionados estudantes de uma escola pública localizada em una comunidade rural e camponesa da Cidade do México, México. Estudo etnográfico de caráter construtivista, baseado em entrevistas em profundidade a 15 mulheres entre 18 e 24 anos de idade, com vida sexual ativa. As entrevistas foram gravadas com autorização e com o consentimento informado dos participantes. Os resultados indicam que persistem estigmas sociais que afetam a dignidade das mulheres que escolheram abortar. Entretanto, as ideologias católicas no parecem ser persuasórias para que as informantes resolveram continuar com a gravidez indesejada. De qualquer forma, a ausência de confidencialidade nas clínicas pode levar as jovens a optar por espaços clandestinos o pela automedicação, normalmente baseada em medicina natural ou comprimidos abortivos. Foi significativo que as informantes reconheceram que não fizeram uso de preservativos e que eventualmente usam anticonceptivos orais. O sistema de saúde público na comunidade nem sempre garante o sigilo para interromper legalmente uma gravidez, por isso não é contemplado pelas jovens entrevistadas como a primeira opção para interromper a gestação. Por outro lado, e imprescindível a consolidação de projetos educativos em sexualidade que permitam as jovens evitar gravidezes indesejadas e que possam ser livres para exercer plenamente seus direitos sexuais e reprodutivos. Além disso, é importante incluir ações relativas a sensibilização e capacitação de profissionais das instituições de ensino.

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