Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.); 65 (2), 2019
Publication year: 2019
SUMMARY INTRODUCTION:
Genital hygiene can play an essential role in avoiding vulvovaginal discomfort and preventing infections. The scientific evidence on best practices on genital hygiene is scarce, and without doubt, gynecologists should be the best person to discuss and guide the subject. OBJECTIVE:
Evaluate the general genital female gynecologist hygiene. METHODS:
This descriptive analytic study identified genital hygiene and sexual practices of 220 female gynecologists, through a questionnaire with 60 self-answered questions. The data were analyzed and presented using frequency, percentage, mean and standard deviation. RESULTS:
The studied population was constituted by middle age (37.3 years) and white (71.3%) female gynecologists. More than a half (53.6%) declared spending over 10 hours a day away from home and complained of vaginal discharge in 48.1% of the cases. Regular vulvovaginal hygiene:
17.8% reported washing genitals once a day and 52% twice a day. The use of dry paper alone was reported in 66.4% post urination and 78.5% post-evacuation. Using running water and soap was practiced by 25.9% and 21.5% respectively. Vulvovaginal hygiene related to sex:
More than half of them had intercourse 1-3 times a week, and 37.4% and 24.1% had frequent oral sex and eventually anal sexof the participants, respectively. Genital hygiene before sex was positive in 52.7% of the subjects and, post-sex hygiene in 78.5% of them. Conclusion:
Genital hygiene habits of female gynecologists can be improved, despite the high grade of scientific knowledge they hold.
RESUMO INTRODUÇÃO:
A higiene genital pode desempenhar um papel importante na prevenção de desconfortos vulvovaginais e infecções. Evidências científicas sobre as melhores práticas em higiene genital são escassas, e o ginecologista, sem dúvida, é a melhor pessoa para discutir e orientar o assunto. OBJETIVO:
Avaliar a higiene genital feminina usual de médicas ginecologistas. MÉTODOS:
Estudo analítico descritivo que identificou higiene genital e práticas sexuais de 220 ginecologistas por meio de um questionário com 60 perguntas autorrespondidas. Os dados foram analisados e apresentados por frequência, porcentagem, média e desvio padrão. Resultados:
A população estudada consistiu de médicas ginecologistas femininas brancas (71,3%) com idade média de 37,3 anos. Mais da metade (53,6%) relatou ficar fora de suas casas por períodos superiores a 10 horas por dia e queixaram-se de descarga vaginal em 48,1% dos casos. Higiene vulvovaginal regular:
17,8% relataram lavar os genitais uma vez por dia e 52%, duas vezes por dia. O uso apenas de papel (seco) foi relatado em 66,4% dos casos após micção e em 78,5% após a evacuação. A higiene ideal com água corrente e sabão foi praticada apenas em 25,9% e 21,5%, respectivamente. Higiene vulvovaginal relacionada ao sexo:
mais da metade delas relatou relações sexuais 1-3 vezes por semana, sexo oral frequente e anal eventual em 37,4% e 24,1%, respectivamente. A higiene genital pré-sexo foi relatada por 52,7% das pessoas e em 78,5% após o coito. Conclusão:
Os hábitos de higiene genital dos ginecologistas femininos estão sujeitos a melhorias, mesmo considerando o alto grau de conhecimento científico que possuem.