Perceptions of deaf subjects about communication in Primary Health Care
Percepções de sujeitos surdos sobre a comunicação na Atenção Básica à Saúde
Percepciones de sujetos sordos sobre la comunicación en la Atención Básica a la Salud

Rev. latinoam. enferm. (Online); 27 (), 2019
Publication year: 2019

ABSTRACT Objective:

to analyze the perceptions of deaf individuals about the communication process with health professionals of the state of Rio de Janeiro.

Methods:

cross-sectional observational study. Data were collected through the application of a questionnaire with quantitative and qualitative questions to 121 deaf adults. Objective responses were studied descriptively through frequency tables and analyzed by inferential statistics and logistic regression. The data from the open questions were analyzed through content analysis.

Results:

the lack of interpreters and the lack of use of the Brazilian Sign Language by professionals were perceived as the main communication barriers. In turn, the presence of companions who are listeners (73%) and the use of mime/gestures (68%) were among the strategies most used by the deaf. The majority of deaf people reported insecurity in consultations, and those who best understood their diagnosis and treatment were the bilingual deaf (p = 0.0347) and the deaf who used oral communication (p = 0.0056).

Conclusion:

communication with the professionals was facilitated when the deaf people had a companion or when they used mimics and gestures. Sign language was neglected, despite the fact that the provision of care to the deaf by professionals trained to use this language is guaranteed in the legislation.

RESUMO Objetivo:

analisar as percepções de indivíduos com surdez em relação ao processo comunicacional com profissionais de saúde da Atenção Básica do Estado do Rio de Janeiro.

Métodos:

estudo observacional transversal. A coleta de dados foi feita através da aplicação de questionário com perguntas quantitativas e qualitativas a 121 surdos adultos. As respostas objetivas foram estudadas descritivamente através de tabelas de frequência e analisadas por estatísticas inferenciais e de regressão logística. E, para os dados oriundos de questões abertas, foi realizada uma análise de conteúdo.

Resultados:

a falta de intérprete e a não utilização da Língua Brasileira de Sinais pelos profissionais foram percebidas como principais barreiras comunicacionais. Já a presença de acompanhante ouvinte (73%) e o uso de mímicas/gestos (68%) estão entre as estratégias mais utilizadas pelos surdos. A maioria dos surdos relatou insegurança após as consultas e os que melhor compreenderam seu diagnóstico e tratamento foram os surdos bilíngues (p=0,0347) e os oralizados (p=0,0056).

Conclusão:

a comunicação com os profissionais foi facilitada quando os surdos estavam com acompanhante ou quando utilizavam mímicas e gestos, sendo a língua de sinais negligenciada, apesar da legislação garantir aos surdos atendimento por profissionais capacitados para o uso desta.

RESUMEN Objetivo:

analizar las percepciones de individuos con sordera en relación al proceso comunicacional con profesionales de salud de la Atención Básica del Estado de Rio de Janeiro.

Métodos:

estudio observacional transversal. La recolección de datos fue hecha a través de la aplicación de un cuestionario con preguntas cuantitativas y cualitativas a 121 sordos adultos. Las respuestas objetivas fueron estudiadas descriptivamente a través de tablas de frecuencia y analizadas por estadísticas inferenciales y de regresión logística. Y, para los datos oriundos de preguntas abiertas, fue realizado un análisis de contenido.

Resultados:

la falta de intérprete y la no utilización de la Lengua Brasilera de Signos por los profesionales fueron percibidas como principales barreras comunicacionales. La presencia de acompañante oyente (73%) y el uso de mímicas/gestos (68%) están entre las estrategias más utilizadas por los sordos. La mayoría de los sordos relató inseguridad después de las consultas, y los que mejor comprendieron su diagnóstico y tratamiento fueron los sordos bilingües (p=0,0347) y los orales (p=0,0056).

Conclusión:

la comunicación con los profesionales fue facilitada cuando los sordos estaban con acompañante o cuando utilizaban mímicas y gestos, siendo la lengua de signos descuidada, a pesar de la legislación garantizar a los sordos atendimiento por profesionales capacitados para el uso de esta.

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