Translation and validation into Brazilian Portuguese of the Spastic Paraplegia Rating Scale (SPRS)
Tradução e validação da escala de classificação de paraplegia espástica (SPRS) para a versão brasileira
Arq. neuropsiquiatr; 74 (6), 2016
Publication year: 2016
ABSTRACT Hereditary spastic paraplegias (HSP) are characterized by progressive lower limb weakness and spasticity. There are no validated instruments to quantify disease severity in Portuguese. Objective To translate and validate the Spastic Paraplegia Rating Scale (SPRS) into Brazilian-Portuguese. Method Two experienced and English-fluent neurologists translated SPRS into Portuguese, creating SPRS-BR. We then assessed inter and intra-rater reliability of this version using coefficients of correlation and variability in a cohort of 30 patients. Results Mean age of patients and disease duration were 47.7 ± 10.5 and 17.0 ± 10.6 years, respectively. Twenty-one had pure HSP and SPG4 was the most frequent genotype. Mean Rankin and SPRS-BR scores were 2.2 ± 0.9 and 19.9 ± 9.9, respectively. Mean intra and inter-rater correlation coefficients of SPRS-BR scores were 0.951 and 0.934, whereas coefficients of variation were 11.5% (inter-rater) and 9.9% (intra-rater). Cronbach’s alpha for the whole SPRS-BR scale was 0.873. Conclusion SPRS-BR is a useful, reliable and valid clinical instrument.
RESUMO As paraparesias espásticas hereditárias (PEH) apresentam progressiva espasticidade e fraqueza dos membros inferiores. Não existem escalas validadas em língua portuguesa para quantificar a gravidade da doença. Objetivo Traduzir e validar para o português do Brasil a Spastic Paraplegia Rating Scale (SPRS). Método Dois neurologistas experientes em neurogenética e fluentes em inglês traduziram a SPRS para o português, criando a SPRS-BR. Em seguida, checamos a reprodutibilidade da escala usando coeficientes de correlação e variabilidade em um grupo de 30 pacientes. Resultados As médias de idade e duração de doença foram de 47,7 ± 10,5 e 17,0 ± 10,6 anos, respectivamente. Vinte e um eram portadores da forma pura de PEH, sendo que SPG4 foi o genótipo mais frequente. A pontuação das escalas Rankin e SPRS-BR foi, respectivamente, 2,2 ± 0,9 e 19,9 ± 9,9. Os coeficientes de correlação inter e intraexaminador da SPRS-BR foram 0,934 e 0,951, enquanto que os coeficientes de variação foram de 11,5% (interexaminador) e 9,9% (intraexaminador). O coeficiente alfa de Cronbach’s para a escala SPRS-BR foi de 0.873. Conclusão A SPRS-BR é uma escala útil clinicamente, fácil de aplicar e que apresentou boa reprodutibilidade e validade.