Dinâmicas sociais, familiares e vulnerabilidades de mulheres privadas de liberdade
Social and family dynamics and vulnerabilit y of incarcerated females

Saúde Pesqui. (Online); 12 (1), 2019
Publication year: 2019

O objetivo deste trabalho foi identificar as dinâmicas familiares, sociais e vulnerabilidades de mulheres privadas de liberdade. Estudo descritivo, exploratório e misto, realizado com 57 reeducandas de uma cadeia pública feminina de Mato Grosso. A coleta de dados foi realizada entre outubro de 2016 e outubro de 2017. A análise dos dados pautou-se no Modelo Calgary de Avaliação da Família. Entre as características familiares da estrutura interna e externa predominaram heterossexuais, com estrutura familiar coletiva, residiam com os familiares antes do aprisionamento e com seus filhos. O ciclo de vida familiar era caracterizado por adultos com crianças, e ordem de nascimento intermediária. Os limites da família foram descritos como flexíveis e a totalidade das reeducandas exercem papel passivo na estrutura familiar. Prevaleceu famílias extensas, com alguma crença religiosa, com destaque para relato de ambientes familiares harmoniosos. As características familiares desestruturadas foram identificadas como importante aspecto, que contribui para inserção da mulher no crime.
Family and social dynamics and vulnerabilities of incarcerated females are analyzed. Current descriptive, exploratory and mixed study was undertaken with 57 incarcerated females in the female prison of Mato Grosso. Data were collected between October 2016 and October 2017. Data analysis was based on the Calgary Model of Family Evaluation. Among internal and external structure family characteristics, heterosexuals were predominant, with collective family structure, living with parents and with their children prior to incarceration. Family life cycle was characterized by adults with children and intermediate birth order. Family limits were described flexible and totality of incarcerated females have a passive role in family structure. Extensive families were dominant, with some religious beliefs, insisting on narratives of harmonious family environments. De-structured family characteristics were identified as an important aspect that pushes the female into crime.

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