A utilização de luvas durante as aulas práticas é obrigatória para professores e alunos, nas clínicas da Faculdade de Odontologia da UFMG. Cada professor presta assistência a uma média de cinco alunos por aula e, caso não haja atuação direta no atendimento, ou seja, quando se realiza apenas exame e orientação, recomenda-se que seja feita a lavagem e desinfecção das luvas entre cada chamada dos alunos. Após a aula, as luvas são enviadas para uma central de esterilização, onde são testadas e, caso esteja, íntegras, passam por uma central de desinfecção em água sanitária, são autoclavadas e enviadas às clínicas para serem reutilizadas. Este trabalho tem o objetivo de avaliar a integridade de 100 luvas após passarem por uma simulação do procedimento recomendado ao professor durente a aula, lavando com detergente e desinfetando com álcool iodado seguido de álcool etílico, por cinco vezes, passando em seguida pelo processo de esterilização. Os resultados mostraram que após cada ciclo de desinfecção e esterilização aumenta o número de luvas impróprias para o uso, chegando a 26,2 por cento após o 5° ciclo. Como os testes foram feitos após a volta das luvas da central de esterilização, quando seriam reutilizadas pelo professor, conclui-se que o processamento pode provocar danos às luvas e que as mesmas podem estar sendo utilizadas pelos professores durante as aulas práticas