Rev. Bras. Med. Fam. Comunidade (Online); 14 (41), 2019
Publication year: 2019
Objetivo:
Relatar uma experiência de educação em saúde com agentes comunitários de saúde acerca da saúde da população LGBT na atenção básica. Métodos:
Foi realizada uma ação de educação continuada por meio do estudo de casos escolhidos pelos agentes de saúde dentro de suas microáreas de atuação seguida de discussão em grupo e reflexão sobre as práticas vigentes. Resultados:
Foram discutidos três casos apresentados pelos agentes de saúde que abordavam as temáticas de: (1) a escola e o preconceito; (2) a importância do apoio familiar e social; e (3) o papel da estratégia saúde da família e da educação em saúde. Percebeu-se que o tema permanece excluído das grandes discussões, sobretudo nas escolas médicas e na atenção básica, que é o primeiro contato do usuário com o Sistema Único de Saúde. Dessa forma, estratégias que objetivem discutir as peculiaridades da prevenção, promoção e assistência à saúde desses grupos devem ser estimuladas e reproduzidas tendo em vista uma melhor qualidade do atendimento a fim de captar esses pacientes em um ambiente favorável a práticas integrativas com respeito à diversidade sexual. Conclusão:
Conclui-se que a atividade educacional realizada foi de extrema importância para desmistificar mitos e preconceitos envolvendo a saúde LGBT no cenário da atenção básica. Observou-se que após a atividade educacional os ACS se mostraram mais confiantes e sensibilizados sobre as temáticas abordadas e mudaram concepções no sentido de respeitar as decisões dos pacientes e realizar abordagem adequada para o acolhimento a esses usuários.
Objective:
To report a health education experience with community health agents about the health of the LGBT population in basic care. Methods:
A continuous education action was carried out by means of the study of cases chosen by health agents within their micro-areas of action followed by group discussion and reflection on current practices. Results:
Three cases presented by the health agents that dealt with the themes of: (1) school and prejudice; (2) the importance of family and social support; and (3) the role of family health strategy and health education. It was noticed that the theme remains excluded from the great discussions, especially in medical schools and primary care, the first contact with the Brazilian health system (SUS), thus strategies that aim to discuss the peculiarities of prevention, promotion and health care of these groups should be stimulated and reproduced with a view to a better quality of care in order to capture these patients in an environment favorable to integrative practices with respect to sexual diversity. Conclusion:
It was concluded that the educational activity performed was extremely important to demystify myths and prejudices involving LGBT health in the primary care setting. It was observed that after the educational activity the CHAs were more confident and sensitized on the topics addressed and changed conceptions in order to respect the decisions of the patients and to carry out an appropriate approach to the reception of these users.
Objetivo:
Informar una experiencia de educación en salud con agentes comunitarios de salud acerca de la salud de la población LGBT en la atención básica. Métodos:
Se realizó una acción de educación continuada por medio del estudio de casos escogidos por los agentes de salud dentro de sus microáreas de actuación seguido de discusión en grupo y reflexión sobre las prácticas vigentes. Resultados:
Hemos discutido tres casos presentados por los funcionarios de salud que abordaron los siguientes temas: (1) la escuela y el prejuicio; (2) la importancia del apoyo familiar y social; y (3) el papel de la estrategia sanitaria de la familia y de la educación en salud. Se percibió que el tema permanece excluido de las grandes discusiones, sobre todo en las escuelas médicas. Estrategias que objetiven discutir las peculiaridades de la promoción y asistencia a la salud de esos grupos deben ser estimuladas teniendo en vista una mejor calidad de la atención a fin de captar esos pacientes en un ambiente favorable a prácticas integrativas con respecto a la diversidad sexual. Conclusión:
Se concluye que la actividad educativa realizada fue de extrema importancia para desmitificar mitos y prejuicios involucrando la salud LGBT en el escenario de la atención básica. Se observó que después de la actividad educativa los ACS se mostraron más confiados y sensibilizados sobre las temáticas abordadas y cambiaron concepciones en el sentido de respetar las decisiones de los pacientes y realizar un abordaje adecuado para la acogida a esos usuarios.