Relação entre tempo de transplante renal e força muscular respiratória: série de casos
Relationship between renal transplantation time and respiratory muscle strength: case series

Conscientiae saúde (Impr.); 18 (1), 2019
Publication year: 2019

Introdução:

O paciente com Doença Renal Crônica (DRC) apresenta alterações respiratórias que persistem após o transplante e o restabelecimento da função renal.

Objetivos:

Avaliar a relação entre o tempo de transplante renal e sua influência sobre a força dos músculos respiratórios.

Métodos:

Foram avaliados voluntários adultos atendidos no Ambulatório de Pós-Transplante Renal do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, quanto à força muscular respiratória (manovacuometria), à função pulmonar (espirometria) e o nível de atividade física (Questionário Internacional de Atividade Física – IPAQ).

Resultados:

Foram avaliados 15 voluntários no total. No grupo <154 meses de transplante renal, 57,14% dos voluntários apresentaram fraqueza muscular inspiratória (FMI), 57,14% e 71,42% apresentaram, respectivamente, redução dos valores previstos de capacidade vital forçada (CVF%) e do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1%), e 100% foram considerados ativos. No grupo ≥154 meses de transplante renal, 50% deles apresentaram FMI, 37,5% mostraram valores de CVF% e VEF1% reduzidos e 62,5% foram classificados inativos. Todos os voluntários do estudo apresentaram fraqueza muscular expiratória.

Conclusão:

O grupo com menor tempo de transplante apresentou maior comprometimento da força muscular respiratória, sendo observado um nível de atividade física significativamente menor no grupo com maior tempo de realização do transplante. Não houve diferença em relação à função pulmonar entre os grupos.

Introduction:

The chronic renal patient has respiratory changes that persist after transplantation, even after reestablishment of renal function.

Objectives:

To evaluate the relationship between renal transplantation time and its influence on the strength of the respiratory muscles.

Methods:

Adult volunteers were evaluated at the Outpatient Renal Transplant Clinic of the Hospital das Clínicas of the Federal University of Pernambuco, regarding respiratory muscle strength by means of manovacuometry, pulmonary function by spirometry and the level of physical activity by the International Activity Questionnaire Physics – IPAQ.

Results:

A total of 15 volunteers were evaluated. In the group <154 months of renal transplantation, 57.14% of the volunteers had inspiratory muscle weakness (IMF), 57.14% presented reduced forced vital capacity (FVC) values, 71.42% had predicted expiratory volume forced in the first second reduced (FEV1%) and 100% were considered active. In the group ≥154 months of kidney transplantation, 50% had IMF, 37.5% showed FVC% and FEV1% values reduced, and 62.5% were classified as inactive. All study volunteers had expiratory muscle weakness.

Conclusion:

The group with shorter transplant time presented greater impairment of respiratory muscle strength, and a significantly lower level of physical activity was observed in the group with longer transplantation time. There was no difference in lung function between groups.

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