O objetivo do presente estudo foi avaliar a prevalência do traumatismo dentário na dentição decídua e os fatores associados. A amostra foi composta por 120 crianças de 1 a 3 anos de idade, residentes na cidade de Belo Horizonte e atendidas em unidades de saúde durante a campanha de vacianção contra a poliomielite. A análise dos dados foi feita através de qui-quadrado. A prevalência de trauma encontrada foi de 48,3 por cento sendo que 84,5 por cento foi fratura de esmalte. A queda foi à causa mais comum de trauma relatada pelas mães. Os fatores associados à ocorrência de traumatismos dentários foram a escolaridade materna (p=0,013), a proteção labial inadequada (p=0,012) e o Índice de Vulnerabilidade Social (p=0,008). Foi possível concluir que a prevalência de traumatismo dentário foi alta, sendo que o tipo mais prevalente foi a fratura de esmalte. Filhos de mães com baixa escolaridade e crianças com maior vulnerabilidade social e com proteção labial inadequada sofrem traumatismo dentário com maior freqüência.