Violência virtual entre alunos do ensino fundamental de diferentes estados do Brasil
Virtual violence between students of elementary school in different States of Brazil
Violencia virtual entre estudiantes de la escuela primaria de diferentes estados de Brasil

Psicol. Educ. (Online); (46), 2018
Publication year: 2018

A tecnologia tornou a comunicação mais rápida, porém tornou possível a ocorrência de violência por meio virtual. Este estudo investigou ocorrências de cyberbullying em escolas de diferentes estados brasileiros. Para tanto, foi utilizada a Escala de Violência Escolar, a qual avalia a ocorrência e a gravidade de violência escolar e bullying vivenciada e praticada por alunos. Esta foi respondida por 1534 alunos de seis escolas localizadas nos estados de São Paulo, Ceará, Paraná e Minas Gerais. Notou-se que cerca de 37% dos alunos estavam envolvidos em situações de cyberbullying, dentre eles 23% seriam exclusivamente vítimas, 3% autores e 11% seriam vítimas e autores. Adicionalmente, notou-se haver associação significativa entre ser menina e sofrer ameaças psicológicas (p = 0,041) e receber mensagens ofensivas (p = 0,036). Ser menino associou-se com ser ridicularizado em vídeos (p = 0,051). Verificou-se também que a faixa etária que mais se envolveu em situações de violência virtual foi a de alunos com 15 anos ou mais. Estes resultados são relevantes, pois apontam a necessidade de prevenção ao problema. Seria importante que estudos futuros ampliassem a quantidade e diversidade dos participantes, de modo a se conhecer a prevalência do fenômeno nacionalmente.
The technology has made communication faster, nevertheless made possible the occurrence of virtual violence. This study investigated occurrences of cyberbullying in some Brazilian States. To this end, it was applied a School Violence Scale (Escala de Violência Escolar), which evaluates the occurrence and severity of school violence and bullying experienced and practiced by students. This scale was answered by 1534 students from six schools located in the States of São Paulo, Ceará, Paraná and Minas Gerais. It was noted that approximately 37% of the students were involved in cyberbullying situations or as a victim or as an author, among them 23% were victims, 3% authors and 11% were both victims and authors. Additionally, a significant association was observed between being a girl and suffering psychological threats (p = 0.041) and receiving offensive messages (p = 0.036). To be a boy was associated with becoming object of ridicule in videos (p = 0.051). It was found that the age group most involved in situations of virtual violence was students with 15 years or more. These results are relevant, because they point to the need for preventing the problem. It is important that future studies increase the amount and diversity of participants to get knowledge about the prevalence of the phenomenon in the regions of the country.
La tecnología hizo más rápida la comunicación, pero también hizo posible la ocurrencia del acoso virtual. Este estudio investigó casos de ciberacoso en algunos estados brasileños. Para tanto, se utilizó la Escala de Violencia Escolar, la cual evalúa la ocurrencia y gravedad de violencia y acoso escolar vivenciada y practicada por alumnos. Respondieron al instrumento 1534 alumnos de 6 escuelas de las ciudades, localizadas en los estados de São Paulo, Ceará, Paraná y Minas Gerais. Se observó que cerca de 37% de los alumnos estaban involucrados en situaciones de ciberacoso como víctima o como autor, entre los cuales 23% eran exclusivamente víctimas, 3% autores y 11% eran víctimas y autores. Además, se encontró una asociación significativa entre ser chica y sufrir amenazas psicológicas (p = 0,041) y recibir mensajes ofensivos (p = 0,036). Ser chico se mostró asociado con ser ridiculizado en videos (p = 0,051). Se verificó también que la franja etaria que más estuvo involucrada en situaciones de acoso virtual fue la de alumnos con 15 años o más. Estos resultados son relevantes, pues indican la necesidad de prevención al problema. Sería importante que estudios futuros ampliasen la cantidad y diversidad de los participantes, posibilitando que se conozca la prevalencia del fenómeno en las regiones del país.

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