Cultura de segurança do paciente na perspectiva de profissionais de enfermagem: fatores laborais e institucionais relacionados
Cultura de seguridad del paciente en la perspectiva de profesionales de enfermería: factores laborales y institucionales relacionados

Publication year: 2018
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de São João del Rei to obtain the academic title of Mestre. Leader: Mata, Luciana Regina Ferreira Pereira da

Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e correlacional, cujo objetivo foi analisar a cultura de segurança do paciente na perspectiva dos profissionais de enfermagem e os fatores associados a essa cultura. A pesquisa foi desenvolvida em três hospitais do estado de Minas Gerais e a amostra constituída por 303 profissionais de enfermagem. Os dados foram coletados no período de março a setembro de 2017, por meio do questionário da Agency for health Research and Quality, intitulado Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPSC). A análise dos dados ocorreu por meio de estatísticas descritivas e correlacionais. Quanto à caracterização dos participantes, 86,3% eram mulheres, 76,8% técnicos e auxiliares de enfermagem e 23,2% eram enfermeiros. 88,8% prestam assistência direta ao paciente, 71,7% não possuem vínculo empregatício em outra instituição e a maioria (82,3%) não exerce função de liderança. A dimensão “Aprendizado organizacional: melhoria contínua” apresentou o maior percentual de respostas positivas (58,2%). A dimensão “Respostas não punitivas ao erro” apresentou o menor escore médio, com apenas 19,2% de respostas positivas. Quando avaliada a diferença significativa do número de respostas positivas obtidas no HSOPSC entre as instituições em estudo, observou-se diferença para os escores das dimensões “Apoio da gestão para a segurança do paciente”, “Percepção geral da segurança do paciente”, “Retorno da informação e comunicação sobre o erro”, “Abertura da comunicação”, e “Passagem de plantão ou de turno/transferência” (valores-p<0,05). Os enfermeiros apresentaram melhores avaliações para aspectos importantes à cultura de segurança do paciente como a passagem de plantão, o relato dos eventos adversos e a percepção geral da segurança do paciente. Constatou-se que fatores relacionados às características do trabalho influenciam na percepção e nas ações sobre segurança do paciente. Assim, aqueles que exercem função de liderança e possuem menor tempo de atuação na unidade de trabalho, são mais susceptíveis a relatar eventos adversos, possuem melhor abertura para a comunicação e possuem melhores expectativas nas chefias para ações promotoras da segurança do paciente. Os profissionais com mais horas de trabalho possuem melhores percepções no trabalho em equipe dentro das unidades, no apoio da gestão para a segurança do paciente e no retorno da informação e comunicação sobre erro. Conclui-se que a cultura de segurança do paciente precisa ser fortalecida nos três hospitais em estudo. Para isso, é necessária a atuação frente aos fatores que interferem na cultura de segurança com a participação de todos os profissionais envolvidos na assistência à saúde
This is a quantitative, transversal and correlational study whose objective was to analyze thepatient's safety culture from the nursing professionals perspective and the factors associated with this culture. The research was developed in three hospitals in the state of Minas Gerais and the sample consisted of 303 nursing professionals. Data were collected from March to September 2017, through the Agency for Health Research and Quality questionnaire entitled Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPSC). The data analysis occurred through descriptive and correlational statistics. Regarding the participants’ characterization, 86.3% were women, 76.8% were technicians and nursing auxiliaries, and 23.2% were nurses. 88.8% provide direct assistance to the patient, 71.7% do not have an employment contract in another institution, and the majority (82.3%) do not exercise leadership. The dimension "Organizational learning: continuous improvement "presented the highest percentage of positive responses (58.2%). The dimension "Non-punitive responses to error" had the lowest mean score, with only 19.2% of positive responses. When the significant difference in positive responses number obtained in the HSOPSC between the institutions under study was evaluated, a difference was observed for the dimensions of "Management support for patient safety", "General perception of patient safety", "Return of the information and communication about the error", "Communication Opening", and "Shift change/transfer" (values-p<0.05). The nurses presented better evaluations for aspects important to the safety culture of the patient such as the shift, the reporting of adverse events and the general perception of patient safety. It was verified that factors related to the characteristics of the work influence the perception and actions on patient safety. Thus, those who exercise a leadership role and have a shorter time in the unit of work are more likely to report adverse events, have a better openness to communication and have better expectations in the management of actions that promote patient safety. The professionals with more hours of work have better perceptions in the team work within the units, in the support of the management for the safety of the patient and in the return of the information and communication about error. It is concluded that the patient safety culture needs to be strengthened in the three hospitals under study. For this, it is necessary to react to the factors that interfere in the safety culture with the participation of all professionals involved in health care
Se trata de un estudio cuantitativo, transversal y correlacional, cuyo objetivo fue analizar la cultura de seguridad del paciente en la perspectiva de los profesionales de enfermería y los factores asociados a esa cultura. La investigación fue desarrollada en tres hospitales del estado de Minas Gerais y la muestra constituida por 303 profesionales de enfermería. Los datos fueron recolectados en el periodo de marzo a septiembre de 2017, por medio del cuestionario de la Agency for health Research and Quality, titulado Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPSC). El análisis de los datos ocurrió por medio de estadísticas descriptivas y correlacionales. En cuanto a la caracterización de los participantes 86,3% eran mujeres, 76,8% técnicos y auxiliares de enfermería y 23,2% enfermeros. 88,8% presta assistência directa al paciente, 71,7% no posee vínculo laboral en otra institución, y la mayoría (82,3%) no ejerce función de liderazgo. La dimensión “Aprendizaje organizacional: mejoría continuada presentó el mayor porcentual de respuestas positivas (58,2%). La dimensión “Respuestas no punitivas al error” presentó el más pequeño escore medio, con sólo 19,2% de respuestas positivas. Cuando evaluada la diferencia significativa del número de respuestas positivas obtenidas en el HSOPSC entre las instituciones en estudio, se observó diferencia para los escores de las dimensiones “Apoyo de la gestión para la seguridad del paciente”, “Percepción general de la seguridad del paciente”, “Retorno de la información y comunicación sobre el error”, “Apertura de la comunicación”, y “Cambio de guardia o de turno/transferencia” (valores-p<0,05). Los enfermeros presentaron mejores evaluaciones para aspectos importantes a la cultura de seguridad del paciente como el paso de turno, el relato de los eventos adversos y la percepción general de la seguridad del paciente. Se constató que factores relacionados a las características del trabajo influencian en la percepción y en las acciones sobre seguridad del paciente. Así, aquellos que ejercen función de liderazgo y poseen menor tiempo de actuación en la unidad de trabajo, son más susceptibles a relatar eventos adversos, poseen mejor apertura para la comunicación y poseen mejores expectativas en las jefaturas para acciones promotoras de la seguridad del paciente. Los profesionales com más horas de trabajo poseen mejores percepciones en el trabajo en equipo dentro de las, unidades, en el apoyo de la gestión para la seguridad del paciente y en el retorno de la información y comunicación sobre error. Se concluye que la cultura de seguridad del paciente necesita ser fortalecida en los tres hospitales en estudio. Para eso, es necesaria la actuación frente a los factores que interfieren en la cultura de seguridad con la participación de todos los profesionales envueltos en la asistencia a la salud

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