Este é um estudo exploratório descritivo, com cento e vinte sujeitos, que representam 30% do total dos atendentes de enfermagem dos quatro hospitais gerais de Florianópolis, Santa Catarina, selecionados por amostragem aleatória sistemática em cada hospital. Estabeleceu-se como objetivos descrever as características sócio-demográficas selecionadas para o estudo; observar as condições de trabalho relativas à carga horária semanal, horas diárias de trabalho, turno de trabalho, local de descanso, vestiário, refeições e salário; e coletar a opinião de atendentes acerca destas condições de trabalho. Como instrumento para coleta de dados foi utilizado um formulário. Pode-se destacar que do total dos atendentes estudados, 55% tinham idades entre 20 e 30 anos; 56,7% eram casados; 85,0% possuíam escolaridade a nível de 1º Grau; 68,3% tinham renda "per capita" familiar de menos de 2 salários mínimos; 61,7% residiam fora do município de Florianópolis; 83,3% utilizam o ônibus como meio de locomoção para o trabalho; e 44,2% trabalham na enfermagem há menos de 5 anos. Com relação às condições de trabalho, verificou-se que, do total dos atendentes, 36,6% possuíam uma carga horária semanal de 44 horas; 74,2% não possuíam um local de descanso; 81,6% possuíam um local para trocar de roupa; a 86,7% dos atendentes eram fornecidas refeições; 87,5% recebiam de 1 a 3 salários mínimos. No que diz respeito à opinião dos atendentes sobre suas condições de trabalho, no conjunto das instituições estudadas, verificou-se uma semelhança entre as respostas, de certa forma nivelando os sujeitos, embora, quando vistos isoladamente por instituição, tenham condições de trabalho diferentes. Aplicado o teste de χ2, verificou-se uma diferença estatisticamente significativa quanto à classificação das opiniões dos atendentes acerca do turno de trabalho, existência ou não de local de descanso, vestiário, fornecimento de refeições e salário.