O presente estudo tem por objetivo identificar os problemas sentidos pelos pacientes hospitalizados quanto á assistência de enfermagem em relação à ferida operatória abdominal, verificar suas percepções quanto à função do curativo enquanto bandagem, identificar suas expectativas quanto à assistência de enfermagem em relação ao primeiro curativo e verificar a dependência entre as variáveis biossociais e as variáveis dependentes: problemas sentidos, percepções e expectativas dos pacientes. Como campo de pesquisa utilizou-se as unidades de internação cirúrgica de um hospital geral de ensino do município de São Paulo. A amostra constituiu-se de 100 pacientes, em primeiro dia de pós-operatório, de ambos os sexos, cujas idades variaram de 20 a 60 anos, admitidos pela primeira vez no referido hospital, submetidos a uma primeira cirurgia, abdominal e eletivas, e não tendo recebido analgésicos na saída da sala de recuperação. Foi utilizado um formulário com perguntas abertas como instrumentos para coleta de dados sendo que, para análise, utilizou-se percentagens e medidas de tendência central. A significância dos resultados foi aferida através do teste de qui quadrado (M²) corrigido. Pela análise dos resultados, concluiu-se que a população em estudo percebeu como prioritários o medo, a dor e a boa disposição no pós-operatório imediato. Considerou-se como função do curativo, enquanto bandagem, a proteção mecânica e higiênica e a cicatrização. Apresentou como expectativas ante o primeiro curativo a habilidade técnica específica e a atenção exclusiva do profissional. Estes achados, ao teste do qui quadrado (M²) corrigida, não definiram diferentes perfil em relação a sexo, idade, estado civil, escolaridade, ocupação e tipos de cirurgia, consideradas variáveis independentes neste estudo.