Este trabalho teve como objeto de investigação a doença cerebrovascular (DCV), algumas de suas características epidemiológicas e a importância da hipertensão arterial, das doenças cardíacas e do diabetes mellitus como fatores de risco para esta afecção cerebral. A população foi composta de 479 pacientes, o que representa 64,8% da totalidade de pessoas internadas com DCV na Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo de 1977 a 1984. Os resultados obtidos evidenciaram que a idade média da população estudada foi de 42,5 anos. A permanência destes pacientes no hospital foi de 27 dias, em média. A hipertensão arterial foi o fator de risco mais frequente, tendo sido diagnosticada em 45,3% dos pacientes deste estudo.

A proporção de óbitos em relação à sobrevida foi de 1:

3, sendo que os óbitos foram mais frequentes nos pacientes com fatores de risco. As sequelas físicas estiveram presentes na maioria dos sobreviventes. Não houve associação estatisticamente significante entre as variáveis sexo e destino após hospitalização, entre presença de sequelas físicas, sexo e idade ou ainda entre presença de fatores de risco, sexo, dias de hospitalização e sequelas físicas.