A riqueza deste livro está exatamente na diversidade de olhares; no mosaico de fazeres e saberes que explicitam a potência de uma rede que se mostra potente e virtuosa e que passa a contar com mais um dispositivo de comunicação para facilitar o fluxo de conhecimento e preservação de sua memória. Que seja o "pontapé" inicial a tornar prática diária o registro cuidadoso das diferentes intervenções, a sistematização fomentada pelas dúvidas e reflexões cotidianas e a vitrine para que o gestor analise que há recursos para além dos aspectos quantitativos, que há desejos de contribuir para um SUS que reinvente a vida de todos os atores que o compõem, bastando lançar desafios instigantes. Portanto, a articulação feita pelo CRR-PI com a RAPS pode evocar que o percurso do profissional que atua no cenário do consumo de substância psicoativa não segue um caminho prévio, mas o caminho é feito no caminhar. Nesse processo, não existe um modelo a seguir, o que existe é a necessidade da construção de ações voltadas para as necessidades do cliente, nas quais podem emergir diálogos, conflitos e significados. (AU).