Este estudo teve o objetivo de tracar e explicar o perfil reprodutivo biologico de um conjunto de mulheres, clientes das unidades basicas de saude do municipio de taboao da serra (regiao metropolitana de sao paulo), de acordo com as classes sociais nas quais se inseriam estas mulheres. Teve por finalidade subsidiar o ensino e a pratica assistencial de enfermagem em saude coletiva, desenvolividas em um projeto de integracao docente assistencial implementado no local pela escola de enfermagem da usp. Os resultados indicam que a grande maioria das mulheres pertencia as varias classes sociais que ocupam uma posicao de subalternidade social na relacao de exploracao que se estabelece no modo capitalista de producao. Por forca disto, apresentaram perfis reprodutivos biologicos que indicam a sua sujeicao a concepcao ideologica dominante que relaciona a precariedade das condicoes de existencia ao tamanho ampliado da prole. Outrossim, foram constatadas diferencas individuais que mostram que a despeito da determinacao social, cada mulher corporifica, a sua maneira, os processos particulares e gerais. A subalternidade de genero tambem foi um fenomeno bastante evidenciado em todas as classes sociais e, a semelhanca da subalternidade de classe, pareceu influenciar o perfil reprodutivo das mulheres estudadas