Reação tecidual em subcutâneo de ratos frente a um cimento reparador à base de MTA com alta plasticidade
Tissue reaction to repair cement based on MTA with high plasticity in subcutaneous of rats
Publication year: 2018
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Odontologia to obtain the academic title of Mestre. Leader: Silva, Emmanuel João Nogueira Leal da
Este estudo teve como objetivo avaliar a biocompatibilidade, através de análise histopatológica e de imuno-histoquímica, de um novo cimento reparador à base de MTA com alta plasticidade: MTA HP (Angelus Londrina, PR). O MTA branco (Angelus Londrina, PR), e um material a base de óxido de zinco e eugenol (IRM, Dentsply, Petrópolis, RJ) foram utilizados como referências para comparação. Para isso, trinta ratos machos de linhagem Wistar tiveram inoculados no tecido subcutâneo um tubo de polietileno vazio (controle negativo) e mais três tubos, cada um preenchido com um dos materiais testados. Os animais foram eutanasiados após 7, 30 e 60 dias da implantação dos tubos e as amostras foram fixadas e incluídas em parafina. Os cortes histológicos foram corados com hematoxilina e eosina e tricômico de gomori para avaliação das reações inflamatórias e a presença de angiogênese foi realizada utilizando o marcador VEGF (do inglês vascular endothelial growth factor). Os cortes também foram corados com Picrosirius Red para quantificar as fibras colágenas do tipo I e tipo III, assim como a coloração de Weigert foi realizada para observar as fibras elásticas. Os dados não-paramétricos foram analisados usando o ensaio de Kruskal-Wallis seguido do teste de Dunn. Os níveis de significância adotados foram de 5% (P < 0,05). Os resultados mostraram diferença significativa da resposta inflamatória após 60 dias entre os grupos IRM e tubo vazio (P < 0,05). O MTA HP apresentou biocompatibilidade similar ao MTA branco e ao grupo controle negativo em todos os períodos experimentais. Além disso, após 7 dias o MTA HP estimulou a angiogênese de forma menos acentuada que o MTA branco, assim como apresentou inicialmente um remodelamento mais lento da matriz extracelular quando comparado ao MTA branco e o IRM. Foi observado uma diminuição da espessura da cápsula fibrosa, da quantidade de fibras elásticas e da imonumarcação com VEGF em todos os grupos experimentais e controle negativo ao longo do processo de cicatrização. Após 60 dias os grupos experimentais apresentaram matriz extracelular com tecido conjuntivo mais maduro, com predominância de fibras colágenas do tipo I. De acordo com os resultados obtidos no presente estudo, pode-se concluir que o novo cimento reparador com alta plasticidade, MTA HP, apresentou-se biocompatível em todos os períodos experimentais, com resultados similares aos grupos controle negativo e experimentais com MTA branco e IRM.
This study evaluated the biocompatibility, through histopathological analysis and immunohistochemistry of a new repair cement based on MTA with high plasticity: MTA HP (Angelus Londrina, PR). White MTA (Angelus Londrina, PR), and a material based on zinc oxide and eugenol (IRM, Dentsply, Petrópolis, RJ) were used as references for comparison. Thirty male Wistar rats had inoculated into the subcutaneous tissue an empty polyethylene tube (negative control) and three more tubes, each filled with one of the tested materials. The animals were euthanized after 7, 30 and 60 days of tube implantation and the specimens were fixed and embedded in paraffin. The sections were stained with hematoxylin and eosin and gomori trichrome to assess inflammatory reactions, and the presence of angiogenesis was performed using the VEGF (vascular endothelial growth factor) marker. The sections were also stained with Picrosirius Red to quantify as type I and type III collagen fibers, as well as a Weigert staining was performed to observe elastic fibers. Non-parametric data were analyzed using the Kruskal-Wallis assay followed Dunn's test. The significance levels adopted were 5% (P < 0.05). The results demonstrated a significant difference in inflammatory response after 60 days between IRM and empty tube groups (P < 0.05). MTA HP showed similar biocompatibility to the White MTA and the negative control group in all experimental periods. Furthermore, after 7 days MTA HP stimulated less pronounced angiogenesis than White MTA, as it initially exhibited slower extracellular matrix remodeling when compared to White MTA and IRM. A decrease in the thickness of the fibrous capsule, the amount of elastic fibers and the immunostaining with VEGF in all experimental groups and control throughout the healing process was observed. After 60 days, the experimental groups presented extracellular matrix with more mature connective tissue, with predominance of type I collagen fibers. According to the results obtained in the present study, it can be concluded that the new repair cement with high plasticity, MTA HP, was biocompatible in all the experimental periods, presenting similar results to the control and experimental groups with White MTA and IRM.