Este estudo teve o objetivo de explicar, a luz do materialismo historico e dialetico, a assistencia a saude da crianca em idade escolar. Teve por finalidade subsidiar o ensino e a pratica assistencial de enfermagem em saude coletiva, no conjunto das atividades desenvolvidas em um projeto de integracao docente assistencial implementando junto as unidades de saude de pirituba-perus, do municipio de sao paulo, pela escola de enfermagem da universidade de sao paulo. A apreensao da realidade e a analise, de acordo com o referencial teorico utilizado, foram feitas nas suas tres dimensoes: a estrutural, a particular e a singular. Os resultados referentes as representacoes dos pesquisadores (trabalhadores de saude, professores e maes), revelaram que as concepcoes sobre o processo saude-doenca do escolar sao altamente biologicistas, apesar de terem sido feitas referencias as suas dimensoes psiquica e social, em muito menor escala. A analise dos dados, a luz da teoria feminista subjacente ao materialismo historico e dialetico e a teoria do patriarcado, aponta que a subalternidade de genero que ocorre em todas as classes sociais e a origem das concepcoes preconceituosas em relacao as maes das criancas estudadas, tidas como responsaveis ultimas tanto pela causa como pela solucao da problematica de saude dos seus filhos. Tais preconceitos foram constatados nos locais estudados.