Avaliação da infusão de antimicrobianos tempo-dependentes em uma unidade de terapia intensiva de um hospital de Sistema Único de Saúde de Porto Alegre

Publication year: 2019
Theses and dissertations in Portugués presented to the Grupo Hospitalar Conceição - RIS to obtain the academic title of Especialista. Leader: Hennigen, Fabiana Wahl

Estudos mostram que há melhor benefício clínico e econômico quando antimicrobianos tempo-dependentes são administrados em tempo de infusão prolongado. Há dois anos foi implementada a administração de 4 beta-lactâmicos em tempo de infusão estendida na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC). Sabendo que mudanças de rotinas na administração de medicamentos podem aumentar o erro de medicação, o objetivo deste trabalho foi avaliar a administração por tempo de infusão estendida de piperacilina-tazobactam, meropenem, cefepima e ceftazidima nas 4 áreas da UTI do HNSC. Trata-se de um estudo observacional longitudinal, no qual foram analisadas 568 prescrições de antimicrobianos e acompanhadas 374 administrações destes fármacos sendo avaliado tempo de infusão dos medicamentos, atraso do horário da infusão, forma de infusão e intervenções farmacêuticas. O período de coleta foi de abril a julho de 2018. Não foram identificadas diferenças em relação às variáveis entre as áreas. Apesar das frequências de administração prescritas estarem adequadas (91%), 20% das vias de administração prescritas não eram para infusão estendida, induzindo a um possível erro de medicação. O turno da noite foi o que apresentou um maior percentual de IF (52%), e o cefepima e o ceftazidima foram os medicamentos com maior problemas de prescrição e de administração, de acordo com as IF, 54% e 44% respectivamente. O tempo de administração foi inferior ao preconizado em 21% e 18% das administrações, respectivamente. Quando a equipe se depara com alguma rotina diferente ou medicamento pouco prescrito aumentam as chances de acontecer erros de medicação. A implementação adequada de um protocolo institucional, elaborado e discutido por todas as equipes e em todos os turnos, é necessária e benéfica nas unidades de internação. (AU)

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