Avaliação "in vitro" da atividade antimicrobiana das Pastilhas de Paraformaldeído, segundo a metodologia da AOAC, reproduzindo as condições de uso na Instituições de Saúde do Brasil
Evaluation in vitro of the Paraformaldehyde Tablets microbiological activity, according to the methodology of the AOAC, reproducing the use conditions of the Brazilian Health Institutions
Publication year: 1999
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem to obtain the academic title of Professor Livre Docente. Leader:
A atividade antimicrobiana das Pastilhas de Paraformaldeído, reproduzinfo as condições de uso das Instituições de Saúde do Brasil, foi avaliada "in vitro" por meio de monitoramento microbiológico, segundo a metodologia da Association of Official Analytical Chemists (AOAC), adotada oficialmente pelo Ministério da Saúde do Brasil para o registro dessa categoria de produtos junto à Vigilância Sanitária. Para se chegar às condições dos experimentos, foi realizado preliminarmente, um levantamento nacional junto às 6907 Instituições de Saúde, por meio de um questionário para explorar e descrever o uso das Pastilhas de Paraformaldeído como agente microbicida. Houve um retorno de 443 (6,4%) correspondência das quais 253 (57,89%) afirmaram fazer uso deste agente químico. As descrições mostraram que as Pastilhas de Paraformaldeído em condições ambientais são utilizadas de uma forma diversificada e inadequada pela maioria das Instituições pesquisadas, destacando-se a falta de adesão a uma base teórica que fundamente o processo e a ausência de sua validação, comprometendo desta forma a segurança da esterilização. As condições de "esterilização" da maioria das Instituições não incluem temperatura, acréscimo da umidade relativa e não fazem a quantificação adequada das pastilhaas. Vários artigos de uso médico-hospitalares com indicação de esterilização por autoclavação, considerado um dos métodos mais seguros e eficazes, dentro dos recursos disponíveis em Instituições de Saúde, sãoprocessados por meio das Pastilhas de Paraformaldeído nas Instituições pesquisadas, demonstrando critérios norteadores inadequados na escolha do processo. Considerando-se a baixa difusibilidade do gás em questão, um outro uso inadequado detectado das Pastilhas de Paraformaldeído foi no processamento de artigos com lúmens e os de densidade. As Instituições pesquisadas não possuem parâmetros fundamentados que orientem a reutilização de um mesmo ) grupo de Pastilhas de Paraformaldeído nos processos de esterilização. O uso de Equippamento de Proteção Individual (EPI) é bastante valorizada no manuseio deste agente químico. A percepção das enfermeiras quanto às perspectivas do uso das Pastilhas de Paraformaldeído, como agente químico esterilizante, em condições ambientais é de desuso, apontando para uma busca de tecnologias mais seguras. Quanto à avaliação microbiológica, os resultados dos experimentos refutaram a ação esterilizante das Pastilhas de Paraformaldeído nas condições de uso mais frequente, encontradas nas instituições pesquisadas, ou seja, sem o aquecimento, sem o acréscimo da umidade relativa, numa quantificação de 0,5%, mesmo por um período longo de exposição de 12 horas. Houve recuperação tanto dos esporos bacterianos do B. subtilis (ATCC n. 19659), quanto do C.sporogenes (ATCC n. 3584). Diante destes resultados, realizou-se, ntão, os testes para avaliação bactericida do produto utilizando-se o Método de Diluição de Uso, preconizada pela AOAC, adaptadopara produtos gasosos, contra os microorganismos teste padronizados Staphylococcus aureus (ATCC n. 6538), Samonella choleraesuis (ATCC n. 10708) e Pseudomonas aeruginosa (ATCC n. 15442). Nestes experimentos, os resultados das culturas mostraram-se 100% eficazes contra todas as bactérias testadas. Frente a estes resultados microbiológicos pôde-se inferir que as Pastilhas de Paraformaldeído a 0,5%, sem aquecimento e sem umidade relativa adicional, por um período de exposição de 12 horas não apresentou ação esterilizante, porém, mostrou indícios de atividade desinfetante de alto nível uma vez que, além da destruição das bactérias vegetativas, incluiu a destruição de alguns esporos.
The sterilizing activity of Parafolmaldehyde Tablets reproducing the conditions of use in the Brazilian Health Institutions was evaluated "in vitro" by microbiologic monitoring, according to the methodology of the Association of Official Analytical Chemists (AOAC), officially adopted by the Brazilian Health Ministry for registration of that category of products with the Sanitary Vigilance. For approach to the conditions of the experiments, preliminary, a national survey was accomplished next to 6907 health Institutions through a questionnaire to explore and to describe the use os Parafolmaldehyde Tablets as microbicide agent. There was a return of 443 (6,41%) correspondences which 253 (57.89%) affirmed to apply this chemical agent. The descriptions showed that Parafolmaldehyde Tablets in environmental conditions is used in a diversified and inadequate way and for the most of the researched Institutions. "Lack" of a theoretical base and process validation compromiting the safety of the esterization process were found to be the most important problems identified in the descriptions of the questionnaires. The "sterilization" conditions of most of the Institutions didn't include temperature, increment of the relative humidity and didn't make the adapted quantification of the tablets. Several articles of medical-hospitable use with indication to sterilization through autoclaves, are processed by Parafolmaldehyde Tablets in the researched Institutions,demonstrating inadequate criteria in choosing the process. Another detected inadequate use of Parafolmaldehyde Tablets was in the processing of articles with lumens and the density materials due to the low penetrability of the gas. It was observed that the researched Institutions don't have based parameters that guide the reutilization of a same group os Parafolmaldehyde Tablets in the sterilization processes. The use of Individual Protection Equipment is quite ) valued in handle of this chemical agent. The nurse's perception with reference to the perspectives of Parafolmaldehyde Tablets's use as sterilizing chemical agent, in environmental conditions is of disuse, pointing for a search of safer technologies. With reference to the microbiologic evaluation, the results of the experiments refuted