Este estudo apresenta como objetivos descrever o processo de implementação de uma proposta de assistência de enfermagem junto a um grupo de pacientes diagnosticados com transtorno mental, tendo como técnica o grupo operativo, assim como conhecer questões institucionais relacionadas à introdução dessa proposta e analisar o significado da experiência vivenciada pelos participantes. A partir de doze grupos realizados, em que participariam 55 pacientes, tendo como projeto o fortalecimento dos participantes para melhor enfrentamento do contexto social, procedeu-se à compreensão do processo, que foi sistematizado em forma de crônicas, assim denominadas: falando de convivência dentro/fora da Instituição, discutindo a adaptação convivendo com a complexidade do espaço institucional, esclarecendo a falta de vontade de viver, vivendo o temor da alta hospitalar, compartilhando a árdua permanência hospitalar, diferenciando o medo real do medo fantasiado, discutindo o enfrentamento de situações, avaliando as próprias alterações de comportamento, esclarecendo depressão e vício, questionando a reintegração e evidenciando condições para enfrentar a vida fora da Instituição. A técnica operativa, por alicerçar a proposta de aprender a pensar em grupo, a partir da vida cotidiana, sendo a aprendizagem compreendida como um processo de apropriação instrumental da realidade, apresentou-se facilitadora para que as condutas dos sujeitos fossem se modificando a partir do vivenciado dentro do espaço grupal, levando o grupo a reconhecer-se e a melhor compreender sua complexa trajetória de doente mental. Os significados expressos a partir das experiências vivenciadas pelos participantes estimulam o fortalecimento de atividades pautadas em dinâmicas de grupos, como recurso na assistência de enfermagem.