Objetivo:

Conhecer como cuidadores de usuários inscritos em um Programa de Assistência Domiciliar (PAD) de uma Unidade de Saúde, sentem-se diante do seu cuidado e da realização do cuidado do outro.

Métodos:

Foi realizado um estudo de natureza qualitativa. A coleta foi realizada por meio de entrevista semi-estruturada, com perguntas abertas. Os dados foram analisados segundo a análise temática de MINAYO (2008) que integra a análise de conteúdo de BARDIN (2009).

Resultados:

Participaram do estudo seis cuidadores, dos quais cinco eram do sexo feminino, o que ratifica o papel da mulher como cuidadora em nossa sociedade. A maioria relatou que o ato de cuidar é solitário, acarretando sobrecarga do trabalho, cansaço, dores na coluna vertebral, bem como, dificuldade de realizar o autocuidado. Os cuidadores avaliaram positivamente o atendimento realizado no domicílio pela equipe de saúde.

Conclusão:

Embora a assistência domiciliar esteja organizada na realidade investigada, ainda existe a necessidade de voltar o olhar para os cuidadores, para que estes também sejam cuidados pela equipe de saúde. Ressalta-se a necessidade de estruturação de políticas públicas capazes de oferecer a devida rede de apoio para os familiares que assumem a função de cuidador. Na medida em que o cuidador possa contar com serviços de apoio para a realização dos cuidados, o stress e a sobrecarga diminuem, possibilitando a realização do autocuidado. (AU)