Influência da patência apical na adaptação do cone principal de obturação. Análise por tomografia computadorizada de feixe cônico

Publication year: 2019
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia to obtain the academic title of Mestre. Leader: Caldeira, Celso Luiz

Procedimentos como a patência apical podem influenciar diretamente na adaptação do cone principal de guta-percha, provocando um maior desgaste e deixando espaços vazios maiores, o qual poderia comprometer o sucesso do tratamento endodôntico. Por isso, o objetivo do presente estudo foi avaliar por meio da Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico se a patência apical pode influenciar na adaptação do cone principal de guta-percha, quantificando o volume do espaço vazio e as áreas a 0 mm, a 1 mm e a 2 mm do comprimento real de trabalho (CRT), bem como analisar a relação do número de cone de guta-percha com a quantidade de espaço vazio. Foram utilizadas 60 raízes disto-vestibulares de molares superiores extraídos, os quais foram primeiramente divididos em 3 grupos de acordo com o comprimento escolhido para a realização de patência apical com o instrumento ProDesign Logic #25.

01:

1 mm além do comprimento real do dente (CRD), no zero e 1 mm aquém da mesma medida. Seguidamente foram subdivididos cada grupo em dois subgrupos de acordo com o comprimento para a instrumentação com o instrumento ProDesign Logic #25.

05:

um no zero do CRD e outro 1 mm aquém da mesma medida. Após o escaneamento e a reconstrução das imagens, foram calculados volume e áreas respectivos. Os resultados mostraram que não houve diferença significativa em relação ao número de cone em volume e áreas vazias. Houve uma diferença significativa na área a 0 mm do CRT, sendo maior o espaço vazio quando a patência apical foi realizada a 1 mm além do CRD do que quando realizada no zero. Houve uma diferença significativa em relação do volume, sendo maior o volume de espaços vazios quando realizada a patência apical a 1 mm além do CRD e a instrumentação a 1 mm aquém do mesmo, do que quando realizada a patência apical a 1 mm além do CRD e a instrumentação no zero. Por outro lado, houve diferença significativa a respeito da área a 0 mm do CRT, onde o grupo de patência apical a 1 mm além do CRD e instrumentação a 1 mm aquém da mesma teve maior quantidade de espaço vazio em comparação com três subgrupos: o de patência apical no zero e instrumentação a 1 mm aquém do CRD, o de patência apical no zero e instrumentação no zero e um dos subgrupos de patência apical a 1 mm aquém do CRD e a instrumentação na mesma medida. Concluindo que a realização de patência apical a 1 mm além do CRD e quando seguida por a instrumentação a 1 mm aquém da mesma, pode provocar uma maior quantidade de espaços vazios entre o cone principal de guta-percha e a parede do canal radicular, especialmente no último milímetro do CRT.

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