Práticas de prevenção de infecções sexualmente transmissíveis de universitários do sexo masculino: estudo comparativo

Publication year: 2019
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade do Estado do Rio de Janeiro to obtain the academic title of Mestre. Leader: Spindola, Thelma

O estudo teve como objetivo geral:

analisar comparativamente as práticas de prevenção das infecções sexualmente transmissíveis (IST) de jovens universitários do sexo masculino de duas instituições.

E como objetivos específicos:

identificar as práticas sexuais dos jovens universitários frente às IST; caracterizar as práticas de prevenção de IST adotadas pelos universitários; comparar as práticas sexuais e de prevenção de IST adotadas por eles. Estudo quantitativo, descritivo, transversal, desenvolvido em duas instituições de ensino superior (IES1 e IES2), no Rio de Janeiro, com amostra do tipo intencional e estratificada, de 768 jovens universitários do sexo masculino de 18 a 29 anos. Para captação das informações foi utilizado um questionário estruturado com 60 questões. A análise dos dados empregou a estatística descritiva, em frequências absolutas, relativas e análise bivariada; para a análise inferencial foi utilizado o Software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) e aplicado o teste qui-quadrado de Pearson. Os resultados evidenciaram que os universitários das duas instituições apresentam práticas sexuais e comportamento de risco semelhante para aquisição de IST, havendo poucas diferenças. A maioria é sexualmente ativa, tendo tido o primeiro intercurso sexual e usado o preservativo nessa ocasião. Um quantitativo expressivo de participantes não utiliza preservativo sempre e não costuma negociar o seu uso. No tocante ao emprego do preservativo com parcerias fixas, os universitários da IES1 apresentaram resultados em quantitativo maior que os participantes da IES2. Em relação ao conhecimento sobre as IST, embora os jovens tenham informado que não conhecem o suficiente, reconhecem algum método para a prevenção das infecções. As parcerias sexuais dos participantes não costumam usar o preservativo feminino. O uso de álcool e/ou drogas foi informado pela maioria dos jovens, contudo o seu emprego não precedeu à última relação sexual. Nas duas instituições, grande parte não utiliza o sistema público de assistência à saúde, nunca realizou teste para detecção do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e não são circuncidados. Conclui-se que os participantes do estudo assumem um comportamento de risco e ficam vulneráveis às IST e, nesse contexto são oportunas ações educativas que valorizem o autocuidado de jovens e orientações relacionadas à prevenção de agravos à saúde sexual. É preciso que os profissionais envolvidos no atendimento a população jovem sejam capacitados e, estimulem a reflexão sobre a importância dos cuidados com a saúde sexual, com destaque para o público masculino que não busca com frequência os serviços de saúde, adesão às práticas de prevenção de agravos e assunção de um comportamento de risco.
The general objective of the study was to analyze sexually transmitted infections (STI) of young male college students from two institutions.

And as specific objectives:

to identify the sexual practices of college students against STI; to characterize the practices of prevention of STI adopted by university students; to compare the sexual practices and prevention of STI adopted by them. A quantitative, descriptive, cross-sectional study developed in two higher education institutions (IES1 and IES2), in Rio de Janeiro, with a sample of the intentional and stratified type, of 768 university students, male, aged 18 to 29 years. A questionnaire structured with 60 questions was used to gather information. Data analysis employed descriptive statistics, in absolute, relative frequencies and bivariate analysis; for the inferential analysis we used the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) and applied the chi- square test of Pearson. The results showed that the students of the two institutions presented sexual practices and similar risk behavior for STI acquisition, with few differences. Most are sexually active, having had their first sexual intercourse and using condoms on this occasion. An expressive number of participants does not use condoms at all and does not usually negotiate their use. Regarding the use of the condom with fixed partnerships, the students of IES1 presented results in quantitative higher than the participants of IES2. Regarding knowledge about STI, although young people have reported that they do not know enough, they recognize some method for the prevention of infections. Participant sexual partnerships do not usually use the female condom. Alcohol and / or drug use was reported by most young people, but their employment did not precede their last sexual intercourse. In both institutions, much of it does not use the public health care system, has never tested for human immunodeficiency virus (HIV) and is not circumcised. It is concluded that the participants of the study assume a risk behavior and are vulnerable to STI and, in this context, educational actions that value the self-care of young people and guidelines related to the prevention of sexual health problems are opportune. It is necessary that the professionals involved in the care of the young population be trained and stimulate the reflection on the importance of the sexual health care, with emphasis on the male audience that does not frequently seek health services, adherence to prevention practices and risk behavior.

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