O significado da dor torácica para aqueles que a vivenciaram
The meaning of chest pain for those who experienced it
Publication year: 2012
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal da Bahia to obtain the academic title of Mestre. Leader: Rosa, Darci de Oliveira Santa
Pain is one of the main causes for human suffering, which compromises people’s quality of
life. It is, doubtlessly, one of the most intimate and unique sensations felt by the human
being which involves a plethora of sensorial, affective, cognitive social and behavioral
components, influencing social and familiar relationships, work effectiveness, quality and
meaning of life of those who feel it. This research, which retains qualitative nature and
phenomenological focus, has as object: The meaning of chest pain for those who
experienced it and as objective understanding the meaning of chest pain for those who have
been through it. The Theoretical referencial used was that of “Existencial Analysis” by
Viktor E. Frankl. The research took place inside an Emergency unity of both a general
hospital and a private hospital in the city of Salvador-Bahia throughout the first semester of
2011 by means of recorded phenomenological interview guided by a 3 questions script. The
analysis process based on the configuration Trialist-Humanist-Existencialist-Personalist
proposed by Vietta allowed the blooming of four different categories: The chest pain
experienced in the concreteness of existence, suffering experienced while chest pain, the
caring/cared experienced in facing painful situations and the meaning of life in the
wholeness of chest pain. Those four categories, on the other hand, can be divided into
fifteen different empirical sub-categories. After understanding the phenomena it was
possible to learn that chest pains aren't necessarily related to physical harms, that they are
not connected exclusively to the biological, and, that even without well defined causes they
produce on those who feel it an intense worry, provoking the fear of death, the fear of
separation from the loved ones, the conscience of life's finiteness and possibly an
existencial void. It's also possible to notice that a That a sedentary lifestyle, emotional
surges, anticipative excessive anxiety and familiar conflicts and suffering trigger intense
painful chest sensations. (AU)
A dor é uma das principais causas de sofrimento humano, comprometendo a qualidade de
vida das pessoas. É, sem dúvida, uma das mais íntimas e exclusivas sensações
experimentadas pelo ser humano, pois envolve vários componentes sensoriais, afetivos,
cognitivos, sociais e comportamentais, influenciando nas relações sociais e familiares, no
desempenho do trabalho, na qualidade de vida e no sentido da vida daquele que a vivencia.
A presente pesquisa de natureza qualitativa, abordagem fenomenológica,teve como objeto:
o significado da dor torácica para aqueles que a vivenciaram e como objetivo: compreender
o significado da dor torácica para aqueles que a vivenciaram. O referencial teórico utilizado
foi a Análise Existencial de Vicktor E. Frankl. O local da pesquisa foi a Unidade de
Emergência de um hospital geral e particular na cidade de Salvador-Bahia, durante o
primeiro semestre de 2011. Para tal, utilizou-se a entrevista fenomenológica gravada e
guiada por um roteiro com três questões. No processo de análise, através da Configuração
Triádica-Humanista-Existencial-Personalista, proposta por Vietta, emergiram quatro
categorias: a dor torácica vivida na concretude da existência, sofrimento vivido com a dor
torácica, o cuidar/cuidado vivido no enfretamento das situações dolorosas e o sentido da
vida na concretude da dor torácica. As quatro categorias citadas, por sua vez, dividem-se
em quinze subcategorias empíricas. Na compreensão do fenômeno foi possível apreender
que as dores torácicas não estão necessariamente relacionadas com lesões físicas, não
dizem respeito somente ao ser biológico, e que, mesmo não tendo causas bem definidas,
produzem nos indivíduos que a sentem uma preocupação muito intensa, mobilizando o
medo da morte, o medo da separação dos entes queridos, a consciência da finitude da vida e
possivelmente um vazio existencial. Também pode-se perceber que o estilo de vida
sedentário, a sobrecarga de emoções, a ansiedade excessiva, antecipatória, além de
conflitos e sofrimentos familiares desencadeiam sensações dolorosas intensas no tórax
impulsionando estes indivíduos a buscarem ajuda. (AU)