Prevalência da Infecção Hospitalar em Unidades de Neonatologia de Salvador e Região Metropolitana
Publication year: 2006
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal da Bahia to obtain the academic title of Mestre. Leader: Camargo, Climene Laura de
Infecção Hospitalar (IH) é importante causa de morbidade e mortalidade no período neonatal,
por ser mais freqüente, em virtude dos riscos relacionados às condições imunológicas; aos
procedimentos diagnósticos e terapêuticos e a qualidade dos cuidados dispensados.
Considerando ser um tema que vem sendo objeto de preocupação dos profissionais de saúde,
resolveu-se realizar um estudo com objetivo de analisar a prevalência das IH em unidades de
neonatologia de instituições de saúde de Salvador e Região Metropolitana. Realizou-se um
estudo transversal que incluiu todos os neonatos internados em 17 Instituições de Saúde de
Salvador e Região Metropolitana, em outubro de 2001.Foram utilizados dados secundários da
Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, onde os critérios utilizados para diagnosticar as
infecções, foram do CDC e do Ministério da Saúde. Encontrou-se uma prevalência de 30%
(52) dos neonatos com IH e 35,6% (62) episódios de IH. A maior freqüência de IH foi
encontrada nas instituições públicas 73% (38). Das 62 infecções ativas, a infecção do trato
respiratório foi a mais prevalente com 8,62% (15), seguida das infecções perinatais
inespecíficas e sistêmicas com 7,5% (13) e de pele com 5,17% (9). Apenas 30.7% dos
neonatos com IH dispunham de resultados microbiológicos nos prontuários. Os principais
microrganismos identificados foram os Staphylococcus epidermidis, Pseudomonas
aeruginosa e Candida sp com 20% cada Dos neonatos estudados, 56,9% (99) faziam uso de
antimicrobiano no dia da pesquisa Os antimicrobianos mais frequentes no tratamento das IH
dos neonatos foram as Penicilinas sintéticas com 24,5%, seguido dos amonoglicosídeos com
16,3% e cefalosporinas com 14,3%. Verificou-se associação positiva significante entre
neonatos prematuros, internados em unidade de tratamento intensivo e semi intensivo, e em
uso de procedimentos invasivos, com a infecção hospitalar.