Competência interpessoal no cuidado de pessoas com diabetes: percepção de enfermeiras(os)

Publication year: 2008
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal da Bahia to obtain the academic title of Mestre. Leader: Sadigursky, Dora

Este estudo versa sobre a percepção de enfermeiras sobre competência interpessoal no cuidado de pessoas com diabetes. Tem natureza qualitativa, do tipo exploratório, cujos objetivos foram apreender a percepção de enfermeiras (os) que cuidam de pessoas com diabetes sobre competência interpessoal e caracterizar a relação interpessoal entre ambos. Constituíram os sujeitos deste estudo onze enfermeiras (os) que exerciam suas atividades no Programa de Saúde da Família, na zona urbana, no município de Vitória da Conquista-BA, no período de fevereiro a julho de 2006. Para coleta dos dados utilizou-se entrevista semiestruturada e observação sistemática e não-participante. O conteúdo foi analisado e categorizado por meio da análise temática norteada por Bardin, tendo por base os pressupostos de Moscovici sobre competência interpessoal e a teoria de Travelbee sobre a relação pessoa-a-pessoa. Os resultados da entrevista apontaram que as percepções das (os) enfermeiras (os) acerca da competência interpessoal fundamentaram-se na habilidade de interação com o paciente e no estabelecimento de um relacionamento interpessoal efetivo, o que coaduna com as proposições teóricas acerca da temática em questão. Ainda caracterizaram os relacionamentos interpessoais como formas de relacionamentos eficazes com os pacientes, além de esses relacionamentos apresentarem elementos facilitadores e limitadores para sua consecução. Como elementos facilitadores mencionaram a confiança, o respeito, o interesse, a compreensão, a comunicação, a empatia e o conhecimento científico; e como limitadores as condições de trabalho inadequadas, as falhas no processo comunicativo, a resistência do paciente às mudanças e a falta de preparo profissional. Já nas observações feitas, o papel instrumental do profissional ficou evidente, enquanto as questões subjetivas mais distantes e, o seguimento de uma rotina de trabalho centrada fortemente na tarefa, ficou mais próximo do quotidiano cuidativo/relacional desses profissionais. Assim, com o fito de desenvolver a competência interpessoal nas (os) enfermeiras (os) que cuidam de pessoas com diabetes, é importante e necessário preencher as lacunas de informação, conhecimento e reflexão delas (es), bem como suas implicações para o contexto pessoal, profissional e para o paciente, e dos recursos necessários para sua mobilização. (AU)

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