Publication year: 2014
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal do Paraná to obtain the academic title of Mestre. Leader: Sarquis, Leila Maria Mansano
Resumo:
O objetivo deste estudo foi caracterizar o perfil dos trabalhadores do Brasil com Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho. Teve abordagem quantitativa, corte transversal, retrospectivo, surveillance. Foram utilizados os registros de trabalhadores referentes às notificações de Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho armazenados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, do Brasil de 2007 a 2012. O instrumento de registro foram às fichas de notificações deste agravo. Os dados analisados foram secundários. Os resultados apresentaram um total de 32.438 casos deste agravo no Brasil. O Estado com maior taxa de notificação foi a Bahia com 105,3 casos a cada 100.000 trabalhadores. Quanto a outros grupos o sexo feminino foi mais acometido com 42,8 casos a cada 100.000 trabalhadoras, a faixa etária mais atingida foi dos 40 aos 49 anos com 53,9 casos a cada 100.000 trabalhadores, e os trabalhadores da indústria de transformação tiveram 97,6 casos a cada 100.000 trabalhadores. Os trabalhadores quanto ao vínculo empregatício, os celetistas tiveram maior ocorrência deste agravo (72,7%), em relação aos sinais e sintomas a dor se destacou mais (86,6%), e exposição ocupacional de maior frequência foi os movimentos repetitivos (83,2%). O diagnóstico específico de maior ocorrência conforme foram as lesões de ombro (31,7%). Foram afastados 66,8% dos trabalhadores notificados com o agravo, apesar disto o afastamento reduziu significativamente (p<0,001) de 2007 a 2012. A dor (p=0,015) e a doença mental (p<0,001) se associaram significativamente ao afastamento por esta patologia ocupacional. Foram aproximadamente 5 milhões de dias perdidos de trabalho registrados neste estudo. A evolução que mais predominou entre os casos com este agravo foi à incapacidade temporária (53,8%), o que pode ter gerado um grande absenteísmo. Conclui-se que conforme as taxas de notificação, os resultados apresentados e a literatura encontrada, os distúrbios musculo esqueléticos relacionados ao trabalho acometem mais o sexo feminino, faixa etária dos 40 aos 49 anos e trabalhadores da indústria de transformação, além de gerar um elevado afastamento do trabalho. Sugere-se ações e políticas que visem a integralidade dos trabalhadores na promoção e prevenção deste agravo, tendo em vista os grupos mais vulneráveis, aspectos laborais, físicos e psicológicos no âmbito do trabalho.
Abstract:
The objective of this study was to characterize the profile of workers in Brazil with WorkRelated Musculoskeletal Disorders. Had quantitative approach, cross-sectional, retrospective, surveillance. Were used the records of workers referents the notifications of Work-Related Musculoskeletal Disorders stored in Information System for Notifiable Diseases, of Brazil from 2007 to 2012. The record instrument were notifications of records of this disease. Data were secondary. The results showed a total of 32.438 cases this disease in Brazil. The state with the highest notification rate was Bahia with 105,3 cases per 100.000 workers. For other groups the female was most affected with 42,8 cases per 100.000 workers, the most affected age group was between 40 and 49 years, with 53,9 cases per 100.000 workers, and the workers in the manufacturing industry had 97,6 cases per 100.000 workers. The workers with regard to employment, the CLT have a higher occurrence of notification LER/Dort (72,7%), in relation to the signs and symptoms pain stood out most (86,6%), and occupational exposure were more frequent repetitive movements (83,2%). The most frequent specific diagnosis according to ICD-10 were shoulder injuries (31,7%). Were absent 66,8% of workers recorded with the disease, although this spacing significantly reduced (p<0.001) of 2007 to 2012. The pain (p=0,015) and mental illness (p<0,001) were significantly associated with the absence with this disease. Were approximately 5 million lost days of work recorded in this study. The evolution more prevalent among cases with disease was the temporary disability (53,8%), which may have generated a large absenteeism. It is concluded that as the reporting rates, the results and the literature found, skeletal muscle disorders related to work most affect females, age 40 and 49 years and workers of transformation industry, and generate a high absence from work. It is suggested actions and policies aimed at completeness of workers in the promotion and prevention of this disease, in view of the most vulnerable groups, labor, physical and psychological aspects in the work.