Iniciativa STEADI - prevenção de quedas de adultos e idosos: uma revisão de escopo

Publication year: 2020
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal do Paraná to obtain the academic title of Mestre. Leader: Meier, Marineli Joaquim

Queda é a principal causa de lesões fatais e não fatais em idosos, sendo que mais de três milhões de pessoas são atendidas anualmente em serviços de emergência nos Estados Unidos, com 962 mil hospitalizações e 30 mil mortes em 2016. No Brasil, a queda ocupou o quarto lugar entre os incidentes notificados pelos serviços de saúde no período de 2014 a 2019. Stopping Elderly Accidents, Deaths & Injuries - STEADI é uma iniciativa criada em 2012 pelos Centers for Disease Control and Prevention para prestadores de cuidado em saúde na prevenção de quedas em adultos mais velhos, em resposta ao aumento dos agravos à saúde. A iniciativa STEADI tem como objetivo fornecer aos profissionais de saúde um conjunto de ferramentas e recursos no sentido de subsidiar a prática segura e a prevenção de quedas. Este estudo teve por objetivo mapear a iniciativa STEADI-prevenção de quedas em adultos e idosos em qualquer ambiente de cuidado em saúde. O método aplicado foi a Revisão de Escopo desenvolvida segundo critérios propostos pelo Reviewers' Manual, do Joanna Briggs Institute (JBI). Foram incluídos estudos que implementaram a iniciativa STEADI, no período de 2012 a 2019, com restrição de língua (inglês, português e espanhol), publicados em periódicos nacionais e internacionais.

Os estudos foram identificados em oito bases de dados:

Biblioteca Virtual da Saúde, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, U.S. National Library of Medicine, Web of Science, Joanna Briggs Datebase, SCOPUS, Cochrane e busca livre no Google. Os critérios de elegibilidade foram aplicados por dois revisores e um terceiro revisor, no caso de discordância. Os dados foram analisados pela descrição de cada publicação e apresentados de forma descritiva. Foram localizadas 223 publicações, 26 pré-selecionadas e avaliadas na íntegra e 12 incluídas na análise. Como resultado, verificamos ausência de estudos que descrevessem a implementação da STEADI no contexto brasileiro, com predomínio de pesquisas nos EUA. Sobre o tipo de estudo, COORTE foi predominante, sendo que três publicações não descreveram o método. A maioria dos estudos implementou parcialmente a iniciativa, tendo sido feitas adaptações, porém não sendo descritas, e utilizado no mínimo um instrumento para identificar o risco de quedas e elencados pontos positivos em relação à iniciativa. Apenas um estudo implementou a iniciativa na íntegra. Conclui-se que a ferramenta STEADI é de fácil entendimento, mas requer esforços coordenados e sistematizados para sua implementação, exigindo rigor em cada uma das etapas. As adaptações devem ser feitas com cautela para não comprometer a efetividade dos resultados na prevenção de quedas. Embora presentes, foram observados poucos relatos e apontamentos de limitações sobre a implementação da iniciativa STEADI. Sugerem-se estudos futuros que implementem a iniciativa em sua totalidade, em outros contextos além da atenção primária, e que descrevam as adaptações. Importante ressaltar a criação de políticas institucionais de prevenção de quedas que englobem o processo de referência e contrarreferência entre as instituições de saúde.
Fall is the leading cause of fatal and non-fatal injuries in the elderly, with more than three million people being treated annually in emergency services in the United States, with 962 thousand hospitalizations and 30 thousand deaths in 2016. In Brazil, the fall occupied the fourth place among the incidents notified by the health services in the period from 2014 to 2019. Stopping Elderly Accidents, Deaths & Injuries - STEADI is an initiative created in 2012 by the Centers for Disease Control and Prevention for health care providers in the prevention of falls in older adults, in response to the increase in health problems. The STEADI initiative aims to provide healthcare professionals with a set of tools and resources to support safe practice and fall prevention. This study aimed to map the STEADI-fall prevention initiative in adults and the elderly in any health care environment. The method applied was the Scope Review developed according to criteria proposed by the Reviewers 'Manual, from the Joanna Briggs Institute (JBI). Studies that implemented the STEADI initiative, from 2012 to 2019, with language restrictions (English, Portuguese and Spanish), included in national and international journals were included.

The studies were identified in eight databases:

Virtual Health Library, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, U.S. National Library of Medicine, Web of Science, Joanna Briggs Datebase, SCOPUS, Cochrane, and Google. The eligibility criteria were applied by two reviewers and a third reviewer, in case of disagreement. The data were analyzed by the description of each publication and presented descriptively. 223 publications were found, 26 pre-selected, and evaluated in full and 12 included in the analysis. As a result, we found an absence of studies describing the implementation of STEADI in the Brazilian context, with a predominance of research in the USA. Regarding the type of study, Cohort was predominant, with three publications not describing the method. Most studies partially implemented the initiative, adaptations were made, but not described, and at least one instrument was used to identify the risk of falls and listed positive points concerning the initiative. Only one study implemented the initiative in its entirety. It is concluded that the STEADI tool is easy to understand, but requires coordinated and systematic efforts for its implementation, demanding rigor in each of the stages. Adaptations must be made with caution so as not to compromise the effectiveness of the results in preventing falls. Although present, few reports and notes of limitations on the implementation of the STEADI initiative were observed. Future studies are suggested that implement the initiative in its entirety, in contexts other than primary care, and that describe the adaptations. It is important to highlight the creation of institutional fall prevention policies that include the referral and counter-referral process among health institutions.

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