A utilização de estimulação biofísica através da modalidade de campo eletromagnético pulsado (CEMP) para o tratamento de diversas condições no tecido ósseo tem despertado o interesse científico há décadas. Entretanto, a grande variedade nos parâmetros e protocolos utilizados e a divergência de resultados na literatura dificultam o estabelecimento de uma metodologia que seja eficaz no contexto da terapia com implantes osseointegrados. Dessa forma, torna-se importante avaliar o efeito de diferentes tempos de aplicação do CEMP padronizado em diferentes momentos no processo de osseointegração de implantes de titânio inseridos em tíbias de ratos. Para isso, foram utilizados 60 animais (Rattus norvegicus, variação albinus, Wistar), randomizados em três grupos experimentais: controle, teste A (GTA) submetidos por 3 horas de CEMP, e teste B (GTB) com 1 hora de CEMP, sendo que, a exposição ocorreu em 5 dias semanalmente durante o período experimental. Todos os animais receberam implantes em ambas as tíbias, e a aplicação do CEMP ocorreu apenas nos grupos teste com parâmetros fixos de ± 1 mT, 15 Hz, com 25 ciclos repetidos por 200 microssegundos. Após a eutanásia as peças foram separadas e preparadas para o teste mecânico, análises histomorfométricas, microtomografia computadorizada (µCT) e ensaios biológicos in vitro. Os dados foram tabulados e a análise de variância ANOVA foi aplicada, com nível de significância de 5%. Os resultados obtidos revelaram que, GTB apresentou melhores resultados em comparação ao GTA nos testes de torque de remoção em 07 dias; no volume ósseo e densidade mineral óssea, ambos em 07, 21 e 45 dias; na proliferação celular em 21 dias, na viabilidade celular em 07 e 45 dias, no conteúdo de proteína total em 07 dias e nódulos de mineralização em 03 e 07 dias. O GTA apresentou melhor desempenho na avaliação da espessura do osso trabecular em 03 dias e na proliferação celular em 03 e 45 dias comparado ao GTB. Os grupos teste apresentaram resultados superiores ao controle nas avaliações de contato osso-implante, espessura do osso trabecular, na viabilidade celular, conteúdo de proteína total e fosfatase alcalina. Na análise histomorfométrica e no número de trabéculas não houve diferenças entre os grupos teste. Com os resultados pode-se concluir que, a aplicação do campo eletromagnético pulsado como um bioestimulador foi efetivo na otimização dos eventos no tecido ósseo que acarretam na osseointegração, especialmente quando aplicado por menor tempo e nos períodos iniciais do reparo ósseo(AU)