Publication year: 2012
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de São Paulo - USP to obtain the academic title of Mestre. Leader: Verissimo, Maria De La Ó Ramallo
Objetivos. Caracterizar um grupo de mulheres gestantes quanto a cuidados da gestação, tendo como foco a promoção do desenvolvimento infantil, e identificar a importância atribuída à inserção desses cuidados como temas das consultas de pré-natal.
Método:
estudo quantitativo, descritivo e exploratório, realizado em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), na Zona Leste da cidade de São Paulo. Participaram do estudo 96 gestantes, sorteadas dentre as matriculadas na UBS. A coleta de dados se deu por entrevistas, com instrumento baseado na Ficha de acompanhamento dos cuidados para a promoção da saúde da criança. Parte das gestantes respondeu a perguntas abertas adicionais, justificando suas respostas. Realizou-se análise descritiva dos dados mediante frequências absolutas e relativas. As respostas às perguntas abertas foram submetidas à análise temática de conteúdo, obtendo-se categorias empíricas. Resultados:
as gestantes tinham idade entre 18 e 42 anos, com maioria abaixo de 25 anos; 66,7% tinham Ensino Médio completo e 30,2% o Ensino Fundamental; 57,3% não exerciam atividade remunerada; 56,2% viviam com um companheiro. Quanto às características reprodutivas, 45,8% estavam na primeira gestação, sendo quatro o maior número de filhos vivos e sete o maior número de gestações. Quanto ao seguimento de pré-natal, houve ausência em gestações anteriores (4,2%) e na atual (1%); 49% participaram de atividades educativas sobre a gestação e 20,8% sobre o desenvolvimento infantil. Quanto aos cuidados com a gestação, houve respostas positivas abaixo de 70% para os seguintes tópicos:gravidez planejada; evitar esforços excessivos; considerar dor de cabeça forte e inchaço como risco. Entre 70 e 85% das participantes responderam positivamente em relação a alimentar-se, tomar vacinas e evitar contato com substâncias perigosas. Os seguintes itens tiveram respostas positivas em mais de 85% dos casos: realização do seguimento pré-natal; participação do pai na gestação; fazer tratamentos conforme orientações da equipe de saúde; evitar quedas, acidentes, fumar, exames radiológicos, ingestão de álcool, drogas e medicamentos sem receita; identificar perda de líquido, sangramento vaginal e parada dos movimentos do bebê como sinais de risco. Quanto à importância atribuída à inserção de cada tema na consulta de pré-natal, somente o item A gestante sente-se ajudada pela família? resultou em menos de 70 % de respostas positivas. Mais de 85% das entrevistadas concordaram quanto à importância de inclusão dessas questões na consulta. A maior parte das justificativas favoráveis a questionar os temas de cuidado nas consultas considerou a necessidade de o profissional obter informações para nortear sua conduta e de tratar-se de cuidados relacionados ao bom desenvolvimento da gestação e do feto. Quanto às respostas negativas, foram justificadas pela impossibilidade do profissional atuar e também pela experiência relatada pelas gestantes de nunca terem sido abordadas a respeito do assunto nas consultas de saúde. Conclusão:
Embora grande parte das gestantes afirme realizar os cuidados necessários para a promoção da saúde e desenvolvimento do feto, alguns baixos índices de respostas positivas indicam situações que demandam maior atenção do serviço de saúde no acompanhamento pré-natal, especialmente para as gestantes que não conseguem garantir todos os cuidados necessários.
Objectives:
to characterize a group of pregnant women about pregnancy care, focusing on the promotion of the child development, and identify the importance attributed to the insertion of such care as issues of prenatal consultations. Method:
quantitative, descriptive and exploratory, performed in a public Health Unit (in Portuguese, Unidade Básica de Saúde UBS), at the East Zone of the city São Paulo. The study included 96 pregnant women randomly selected among those enrolled at the UBS. The information collection occurred through interviews with instrument based on the Formulary of attendance of the child health promotion care (in Portuguese, Ficha de acompanhamento dos cuidados para a promoção da saúde da criança) with a number of women answering additional open questions, and justifying their answers. We conducted a descriptive analysis of the material by absolute and relative frequencies. The answers to open questions were submitted to thematic analysis by the contents, obtaining empirical categories. Results:
patients were between 18 and 42 years old, most under 25, 66.7% had completed high school and 30.2% had only primary education, 57.3% were not waged, 56.2% lived with a partner. In respect to reproductive traits, 45.8% were in the first pregnancy, being four the largest number of living children and seven the largest number of pregnancies. About the prenatal permanence, it did not happen in previous pregnancies (4.2%) and current (1%), 49% participated in educational activities about the pregnancy and 20.8% about child development.For the matter of pregnancy care, positive answers were below 70% for the following topics: unplanned pregnancy; avoid overexertion; considered severe headache and swelling as a risk. Between 70 and 85% of participants responded positively with regard to feeding, vaccinations and avoid contact with dangerous substances. The following items had positive responses in more than 85% of cases: permanence in prenatal consultations, parent involvement during pregnancy, to follow treatment guidelines of the health team; prevent falls, accidents, to avoid smoking, X ray exams, alcohol intake, nonprescription drugs, to identify loss of fluid, vaginal bleeding and stop the baby's movements as signs of risk. As regards the importance attributed to the insertion of each topic in the pre-natal consultations, only the item "Does the patient feel supported by the family?" resulted in less than 70% of positive responses. With values between 70 and 85% were: avoiding falls, accidents and contact with dangerous substances; to consider severe headache and swelling as signs of risk for pregnancy, and avoid radiological examinations. Over 85% of respondents agreed on the importance of including these questions in the consultation. The most favorable reasons to question the issues of care in the consultations considered the need of information for the professional, to guide their conduct and care. For the matter of negative responses, were justified by the inability of the professional work, and also the experience reported by pregnant women who have never been approached on the subject in health consultations. Conclusion:
Although most of the women claim to make the necessary care to health promotion and fetus development, some low rates of positive responses indicate situations that require greater attention from health care in prenatal care, especially for pregnant women who cannot ensure all the necessary precautions.