Análise do déficit bilateral de torque entre gêneros na extensão e flexão do joelho
Publication year: 2016
Theses and dissertations in Portugués presented to the Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad to obtain the academic title of Doutor. Leader: Salles Neto, José Inácio
Diariamente nós executamos tarefas bilaterais e unilaterais que dependem do controle da força muscular. diversos estudos observaram que há uma diferença entre a força total exercida bilateralmente e a soma das forças unilaterais, conhecido como déficit bilateral (db), porém suas causas e mecanismos ainda são divergentes. entender este processo pode nos ajudar a melhorar o desempenho físico, o treinamento e a força muscular. desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar diferença entre homens (n=18, idade: 29,1 ± 5,0 anos, estatura: 175,1 ± 6,1 cm, peso: 81,3 ± 11,1 kg) e mulheres na fase folicular do ciclo menstrual (n=18, idade: 29,9 ± 4,9 anos, estatura: 162,8 ± 5,6 cm, peso: 69,2 ± 13,0 kg) jovens e saudáveis sobre o db. uma análise biomecânica foi realizada, obtida através do pico de torque e do ângulo no momento do pico do torque (apt) nas análises unilaterais e bilaterais. foi utilizado um dinamômetro isocinético modificado para análise bilateral e a intensidade da atividade muscular foi mensurada através da eletromiografia (emg). os resultados obtidos comprovam a existência do db para ambos gêneros nos extensores (h = -19,36; m = -21,40) e flexores (h = -23,47; m = -28,80). não foram observadas diferenças em relação ao gênero (p = 0,188). foram encontradas diferenças significativas nos índices do db entre gêneros nos extensores (p = 0,012) mas não nos flexores (p = 0,389). não foram observadas diferenças entre o sentido de movimento para homens (p = 0,241) e mulheres (p = 0,0543). quanto à atividade muscular na extensão de joelhos, homens apresentaram maior ativação muscular do que mulheres em todas as condições unilaterais (p < 0,05). não foram observadas diferenças significativas no sinal emg para homens e mulheres (p > 0,05) exceto nos extensores (p = 0,003). os resultados para a razão flexão/extensão apresentaram valores entre 0,67 e 0,73 para homens e 0,64 a 0,69 para mulheres. os valores médios dos apt’s variaram entre a extensão (h: aptd = 62,1; apte = 59,5; aptb = 52,5 / m: aptd =. 64,3; apte = 60,1; aptb = 55,9) e a flexão (h: aptd = 31,8; apte = 30,6; aptb = 34,8 / m: aptd = 36,8; apte = 36,0; aptb = 42,2) (p < 0,01). podemos concluir que, neste estudo, foi observado o déficit bilateral, não havendo diferenças entre gêneros sobre o db e ativação muscular assim como fatores biomecânicos podem exercer influência sobre o índice do db
Daily we perform bilateral and unilateral tasks that depends on muscular strength control. Several studies observed that there is a difference between total force played bilaterally and the sum of unilateral forces, known as bilateral deficit (BD), however its causes and mechanisms still are divergent. Understand this process can help us to improve physical performance, training and muscular strength. Thus, the aim of this study was to assess the difference between young and healthy men (n=18, age: 29.1 ± 5.0 years, height: 175.1 ± 6.1 cm, weight: 81.3 ± 11.1 kg) and women in follicular phase of menstrual cycle (n=18, age: 29.9 ± 4.9 years, height: 162.8 ± 5.6 cm, weight: 69.2 ± 13.0 kg) on BD. A biomechanical analysis was accomplished, obtained through the angle at the moment of peak torque (PTA) in the unilateral and bilateral analysis. A modified isokinetic dynamometer for bilateral analysis was used and intensity of the muscular activity was obtained through the electromyography (EMG). The results obtained showed BD for both genders in extensors (H = -19.36; M = -21.40) and flexors (H = -23.47; M = -28.80). Significant differences in the indices of BD between genders where found in extensors (p = 0.012) but in flexors (p = 0.389). Differences between the direction of movement for men (p = 0.241) and women (p = 0.0543) were not observed. On muscular activity in extension of knees, men showed greater muscular activation than women (p < 0.05). Significant differences were found in EMG for men and women (p > 0.05) except in the extensors in men (p = 0.003). The results for the ratio Flexion/Extension had presented values between 0.67 and 0.73 for men and 0.64 to 0.69 for women. The average values of the PTA's showed in extension (M: PTAR = 62.1°; PTAL = 59.5°; PTAB = 52.5° / W: PTAR = 64.3°; PTAL = 60.1°; PTAB = 55.9°) differed when compared to flexion (M: PTAR = 31.8°; PTAL = 30.6°; PTAB = 34.8° / M: PTADR = 36.8°; PTAEL = 36.0°; PTAB = 42.2°) (p < 0.01). We can conclude that, in this study, the bilateral deficit was observed, not having differences between genders on BD and muscular activation and that the CC as well as biomechanical factors can exert influence on the index of the BD