Resiliência e suporte social em adolescentes gestantes
Publication year: 2019
Theses and dissertations in Portugués presented to the Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará to obtain the academic title of Mestre. Leader: Pinheiro, Patricia Neyva Costa
Na resiliência e no o suporte social apresenta fatores externos ao indivíduo como forma de apoio diante das adversidades, este influenciando no bem-estar. O suporte social pode ser definido como a existência de pessoas nas quais se possa confiar, amar, que se preocupem com o indivíduo e o valorize. Busca-se compreender a partir do conhecimento de resiliência e suporte social como adolescentes são capazes de superar acontecimentos negativos e seguir de forma positiva, apesar das condições adversas. Como reflexo da prática de sexo desprotegido e precoce, neste período, temos as infecções sexualmente transmissíveis, o vírus da imunodeficiência humano e a síndrome da imunodeficiência adquirida, bem como as gestações indesejadas e/ou não planejadas. Ademais, as situações de pobreza, de baixa escolaridade e as poucas oportunidades de emprego favorecem a ocorrência das duas situações: infecções sexualmente transmissíveis, o vírus da imunodeficiência humano e a síndrome da imunodeficiência adquirida, e gestação na adolescência. Objetiva-se analisar a resiliência e o suporte social em adolescentes gestantes. O presente estudo é analítico, descritivo, transversal, de caráter quantitativo. Realizou-se nos meses de setembro de 2018 à abril de 2019. Os dados foram coletados em 3 hospitais terciários que possuíam maternidades com ambulatório de pré-natal para adolescentes gestantes. A população do estudo foi composta por 85 adolescentes gestantes, entre 12 a 19 anos de idade gestantes, com ou sem infecções sexualmente transmissíveis, o vírus da imunodeficiência humano e a síndrome da imunodeficiência adquirida. As participantes da amostra foram alcançadas por conveniência. A coleta foi realizada com visitas as instituições nos dias que havia atendimentos nos ambulatórios de pré-natal de adolescente, e utilizou-se um questionário e duas escalas autoaplicáveis (resiliência e versão brasileira da escala Social Support Appraisalse). A média de adolescentes por dia era de 3. A cada visita às instituições era realizado dois passos. O presente estudo foi orientado pelos princípios éticos da Resolução 466 de 12 de Dezembro de 2012, com os pareceres, Hospital 1: 3.159.417; Hospital 2: 3.325.372; e Hospital 3: 3.197.972, respectivamente. A partir da aplicação das duas escalas obtivemos como resultados que 87,1% são resilientes e possuem suporte social. Além dos fatores internos, existe o suporte social que ajuda no enfrentamento das adversidades e manutenção da resiliência. Os adolescentes que utilizam estratégias de enfrentamento de forma recorrente, visando à resolução de problemas e à busca de apoio social, apresentam níveis mais elevados de bem-estar psicológico. O aborto apresentou relevância, demonstrando que quando há um suporte social de amigos, outros e professores, pode ser evitado e mudado a opção da adolescente gestante de realiza-lo. Conclui-se que apesar das mudanças inerentes da fase da adolescência e da gestação, estas adolescentes possuem fatores protetores que as permitem seguir resilientes. Os fatores são os individuais e os inerentes do suporte social, primeiro outros, professores, familiares e amigos. Estes fatores podem ser trabalhados para enfatizar a resiliência, suavizando assim as dificuldades enfrentadas no adolescer e no gestar. A família apresenta apoio, desde que a mesma seja positiva e sem preconceitos. (AU)