Impacto da mhealth sobre os níveis de ansiedade e depressão de homens vivendo com hiv/aids que fazem sexo com homens

Publication year: 2018
Theses and dissertations in Portugués presented to the Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará to obtain the academic title of Mestre. Leader: Galvão, Marli Teresinha Gimeniz

Introdução:

as tecnologias da informação são ferramentas para a expansão do acesso aos cuidados em saúde. Dentre elas, a Mobile Health (mHealth) destaca-se por contribuir para um cuidado individualizado e personalizado, sobretudo em populações de difícil acesso, como homens com HIV/aids que fazem sexo com homens. Essas intervenções podem ser promissoras para melhorar os níveis de saúde dessas pessoas, principalmente no que concerne a desordens mentais como ansiedade e depressão.

Objetivo:

avaliar o impacto da mHealth sobre os níveis de ansiedade e depressão de homens vivendo com HIV/aids que fazem sexo com homens.

Método:

trata-se de um ensaio clínico aberto desenvolvido em Fortaleza-CE, no Centro de Saúde Carlos Ribeiro, entre agosto de 2016 e novembro de 2017, com se-guimento de quatro meses. A amostra final incluiu 103 ( 57 controles e 46 casos) homens com HIV/aids que fazem sexo com homens. A intervenção foi implementada por meio de oito mensagens telefônicas, via aplicativo Whatsapp®, enviadas a cada 15 dias. Na coleta dos dados, foi utilizado um formulário com questões sociodemográficos e clínicas, hábitos de vida, escala de ansiedade e depressão e a escala de estilo de vida individual. Os dados foram analisados por meio do software R.

Resultados:

a maioria dos sujeitos tinham <29 anos (53,4%), eram solteiros (80,6%), possuíam renda familiar ≤ a dois salários mínimos (72,8%), situação ocupacional ativa ( 63,1%) e escolaridade ≤ 12 anos (61,2%). Prevalece-ram aqueles com menos de três anos de diagnóstico (63,1%), com carga viral indetectável (57,4%) e com níveis de linfócitos T CD4+ ≥ 350 células/mm3 (85,3%). Cerca de 43,7% dos participantes foram classificados como ansiosos e 17,5% como ansiosos e depressivos. Os níveis de ansiedade e depressão reduziram na segunda avaliação em ambos os grupos e foram associados significativamente a variável tempo (p=0,001).

Conclusão:

observou-se redução no escore de ansiedade e depressão para todos os sujeitos, no entanto, não houve relação estatisticamente significante entre à intervenção e o desfecho. (AU)

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