Segurança do paciente em maternidade: avaliação do protocolo de identificação do binômio mãe-filho em um hospital universitário
Safety Patient in Maternity Hospitalprotocol for the assessment of mother and child identification in a university hospital

Publication year: 2015
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de São Paulo to obtain the academic title of Doutor. Leader: Tronchin, Daisy Maria Rizatto

Introdução:

A identificação inequívoca do paciente é um componente essencial na atenção à saúde e determinante para garantir uma assistência segura e de qualidade.

Objetivo geral:

Avaliar o protocolo de identificação por meio das pulseiras das mulheres admitidas na Clínica Obstétrica e dos neonatos no Centro Obstétrico em um hospital universitário do Município de São Paulo.

Método:

Estudo quantitativo, exploratório, descritivo e prospectivo, realizado na Clínica Obstétrica e no Centro Obstétrico, em um hospital universitário de atenção terciária. A casuística correspondeu a 800 oportunidades de observação, selecionadas por amostragem probabilística aleatória simples. A coleta de dados ocorreu entre setembro de 2013 e março de 2014, conforme um formulário, contendo os itens das três etapas do protocolo de identificação: presença e quantitativo de pulseiras, componentes de identificação e condições da pulseira. A análise foi baseada na estatística descritiva e inferencial, com significância de 5%.

Resultados:

A conformidade geral do protocolo na Clínica Obstétrica correspondeu a 58,5% e no Centro Obstétrico a 22,3%. Quanto às três etapas, na Clínica Obstétrica, a maior conformidade foi nos componentes de identificação (93,4%) e a menor, condições da pulseira (70%). No Centro Obstétrico, a maior conformidade também foi nos componentes de identificação (69%), e a menor, condições da pulseira (44,5%), com diferença estatística significante p<0,001. Quanto aos itens avaliados na Clínica Obstétrica, nas três etapas, os melhores foram: a presença do registro hospitalar (99,5%) e o número sequencial do parto (98,3%); no Centro Obstétrico, a presença das pulseiras plásticas, do código de barras (100%) e do nome e sobrenome maternos (99%).Os piores índices de conformidade na Clínica Obstétrica corresponderam à legibilidade (76,1%) e às condições de uso da pulseira (80,3%); no Centro Obstétrico, foram as condições de uso (46,3%) e pulseiras no membro preconizado (55,2%). Na comparação entre as duas unidades, quanto à conformidade geral, houve diferença estatisticamente significante, p<0,001.

Conclusão:

Os achados possibilitaram retratar que há necessidade de elevar os índices de conformidade na Clínica Obstétrica na primeira e terceira etapas e nas três etapas do Centro Obstétrico. Outrossim, ratificam a relevância do monitoramento sistemático dos protocolos institucionais, possibilitando a implementação de medidas corretivas e preventivas no processo de identificação, visando a estabelecer metas assistenciais e gerenciais para a melhoria contínua da qualidade e segurança do binômio mãe-filho, dos profissionais de saúde e da instituição.

Introduction:

The unequivocal identification of the patient is an essential component in health care and crucial to ensure safe and quality care.

General Objective:

To assess the identification protocol by means of bracelets for women admitted to the Obstetric Clinic and for newborns at the obstetric center in a university hospital in the city of São Paulo.

Methodology:

Study quantitative, exploratory-descriptive and prospective study conducted in the Obstetric Clinic and Obstetric Center, in a university hospital of tertiary care. The sample corresponded to 800 opportunities of observation, selected by simpler random probability sampling. Data collection occurred between September 2013 and March 2014, according to a form containing the items of the three stages of the identification protocol: presence and quantity of bracelets, identification components and bracelet conditions. The analysis was based on descriptive and inferential statistics, with 5% significance.

Results:

The overall compliance to the protocol was as follows: Obstetric Clinic accounted for 58.5% and 22.3% for Obstetric Center. Regarding the three stages, in Obstetric Clinic, the major compliance was assigned to the identification components (93.4%) and the minor to bracelet conditions (70.0%). In Obstetric Center, the main conformity was related to identification components (69.0%) and the minor regarding to bracelet conditions (44.5%), showing a statistically significant difference p<0.001. Regarding the items in the three stages of the Obstetric Clinic, the best was the presence of hospital records (99.5%) and the sequential number regarding child birth (98.3%); in the Obstetric Center, the presence of plastic bracelets, bar code (100.0%), maternal name and surname (99.0%).The worst compliance rates in Obstetric Clinic corresponded to legibility (76.1%) and the bracelet conditions of use (80.3%) and in the Obstetric Center, conditions of use (46.3%) and bracelets in the recommended member (55.2%). Comparing the two units, on the topic of the overall compliance, a statistically significant difference, p <0.001 was observed.

Conclusion:

The findings allowed verifying the need to improve compliance rates in Obstetric Clinic in the first and third stages and in the three steps of the Obstetric Center. Also, showed the relevance of systematic monitoring of institutional protocols, enabling the implementation of corrective and preventive measures in the identification process aiming to establish care and management goals for the continuous improvement of quality and safety of mother and child, health professionals and the institution.

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