Perfil clínico e sociodemográfico dos portadores de HIV atendidos ambulatorialmente no Hospital do Servidor Público Municipal

Publication year: 2019

O A infecção pelo HIV é uma epidemia multifacetada no Brasil e no mundo. É necessário entender os diferentes aspectos relacionados à distribuição e disseminação do vírus, através do desenho dos vários perfis de pessoas que vivem com HIV/AIDS (PVHA). O estudo apresenta o objetivo de traçar o perfil clínico e sociodemográfico dos pacientes portadores de HIV atendidos ambulatorialmente no Hospital do Servidor Público Municipal, em São Paulo – SP – Brasil. Trata-se de um estudo descritivo, transversal e retrospectivo que utiliza os dados coletados em questionário e informações registradas em prontuários de atendimento ambulatorial. Foram coletados dados referentes as características sociodemográficas, comportamentais, clínicas e sorológicas de 44 pacientes. A amostra foi composta de 56,8% de homens e 43,2% de mulheres, com média de idade de 53,3 anos a, 45,5% apresentando raça branca autodeclarada e 43,2% referindo parceiro sexual único e fixo. Destes, 52,6% sorodiscordantes. A maior parte dos participantes possui ensino superior completo (36,4%), são heterossexuais (63,6%) e usam preservativos em todas as relações sexuais (59,0%). Foram definidos 19 casos de AIDS de acordo com o critério CDC modificado, representando 43,1% da amostra. A média de contagem de linfóticos T CD4+ na última consulta foi de 602,7 (± 271,5) e 77,2% dos pacientes apresentavam carga viral indetectável. Apenas um caso de coinfecção por tuberculose pulmonar foi descrito. O herpes-Zoster e a candidíase oral foram as doenças relacionadas ao HIV/AIDS mais prevalentes entre os pacientes, enquanto a hipertensão arterial, dislipidemia e depressão foram as comorbidades clínicas mais frequentemente relatas. Ao comparar dados sociodemográficos dos participantes da pesquisa ao perfil nacional e estadual, foi possível concluir que os pacientes atendidos neste serviço apresentavam idade mais avançada e maior nível de escolaridade que a média das demais PVHA. Em sua maioria, os participantes mantiveram um ou nenhum parceiro sexual no último ano, referindo uso constante de preservativos durante as relações sexuais, o que contraria o estigma recaído inicialmente sobre as PVAH. A presença de parcerias sexuais únicas sorodiscordantes em aproximadamente metade dos casos fala a favor do cuidado com a supressão viral e uso de preservativos durante relações sexuais. Palavras-chave: HIV. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. EpidemiologiaO A infecção pelo HIV é uma epidemia multifacetada no Brasil e no mundo. É necessário entender os diferentes aspectos relacionados à distribuição e disseminação do vírus, através do desenho dos vários perfis de pessoas que vivem com HIV/AIDS (PVHA). O estudo apresenta o objetivo de traçar o perfil clínico e sociodemográfico dos pacientes portadores de HIV atendidos ambulatorialmente no Hospital do Servidor Público Municipal, em São Paulo – SP – Brasil. Trata-se de um estudo descritivo, transversal e retrospectivo que utiliza os dados coletados em questionário e informações registradas em prontuários de atendimento ambulatorial. Foram coletados dados referentes as características sociodemográficas, comportamentais, clínicas e sorológicas de 44 pacientes. A amostra foi composta de 56,8% de homens e 43,2% de mulheres, com média de idade de 53,3 anos a, 45,5% apresentando raça branca autodeclarada e 43,2% referindo parceiro sexual único e fixo. Destes, 52,6% sorodiscordantes. A maior parte dos participantes possui ensino superior completo (36,4%), são heterossexuais (63,6%) e usam preservativos em todas as relações sexuais (59,0%). Foram definidos 19 casos de AIDS de acordo com o critério CDC modificado, representando 43,1% da amostra. A média de contagem de linfóticos T CD4+ na última consulta foi de 602,7 (± 271,5) e 77,2% dos pacientes apresentavam carga viral indetectável. Apenas um caso de coinfecção por tuberculose pulmonar foi descrito. O herpes-Zoster e a candidíase oral foram as doenças relacionadas ao HIV/AIDS mais prevalentes entre os pacientes, enquanto a hipertensão arterial, dislipidemia e depressão foram as comorbidades clínicas mais frequentemente relatas. Ao comparar dados sociodemográficos dos participantes da pesquisa ao perfil nacional e estadual, foi possível concluir que os pacientes atendidos neste serviço apresentavam idade mais avançada e maior nível de escolaridade que a média das demais PVHA. Em sua maioria, os participantes mantiveram um ou nenhum parceiro sexual no último ano, referindo uso constante de preservativos durante as relações sexuais, o que contraria o estigma recaído inicialmente sobre as PVAH. A presença de parcerias sexuais únicas sorodiscordantes em aproximadamente metade dos casos fala a favor do cuidado com a supressão viral e uso de preservativos durante relações sexuais. Palavras-chave: HIV. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Epidemiologia

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