Uso da enzima hialuronidase na prevenção de lacerações perineais no parto normal
The use of hyaluronidase enzyme in the prevention of perineal lacerations in normal birth

Publication year: 2004
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem to obtain the academic title of Mestre. Leader: Gonzalez Riesco, Maria Luiza

Estudos têm sido realizados com a finalidade de contribuir para a prevenção do trauma perineal no parto normal. A enzima hialuronidase foi utilizada durante as décadas de 1950 e 1960 para prevenir esse trauma sem prejuízo para a mãe e feto.

Os objetivos deste estudo foram:

verificar a frequência, o grau e a localização de lacerações perineais associados à utilização da enzima hialuronidase no parto normal; associar a ocorrência de lacerações perineais às condições do parto e ao peso do recém-nascido. Trata-se de uma pesquisa experimental, controlada, randomizada, do tipo ensaio clínico, realizada em 2003, no Centro de Parto Normal do Amparo Maternal, entidade filantrópica localizada na cidade de São Paulo. A amostra foi de 134 parturientes sem partos vaginais anteriores, com 67 por grupo, considerando-se o Grupo 1 - com o uso da enzima hialuronidase injetável no períneo, e o Grupo 2, sem o uso da enzima. Os resultados mostraram que 56,0% das parturientes sofreram algum grau de laceração perineal, sendo 76,1% no Grupo 2 (p<0,001), com prevalência de lacerações de primeiro grau (88,0%) e sem casos de laceração de segundo grau no Grupo 1 (p=0,049). A principal localização da laceração foi no períneo posterior (74,7%), com diferença estatisticamente significante entre os grupos (p=0,018). Em relação aos resultados perineais após o parto, não houve diferença estatisticamente significante quando associados ao puxo, presença de circular do cordão umbilical, duração do período expulsivo, altura do períneo ou peso do recém-nascido. A vitalidade esteve preservada na totalidade dos recém-nascidos, sendo 8 e 9 os menores valores de Apgar no primeiro e quinto minutos, respectivamente. A hipótese estabelecida no estudo de que a enzima hialuronidase injetada no períneo, durante o segundo estágio do parto, reduz a frequência e o grau de lacerações perineais no parto normal foi confirmada. Conclui-se que a injeção de ) hialuronidase no períneo é um método simples e efetivo para a prevenção de lacerações perineais no parto normal, sem riscos para a mulher e seu filho
Many studies have been undertaken with the purpose of contributing towards the prevention of perineal trauma in normal birth. Hyaluronidase enzyme was utilized during the fifties and the sixties to prevent this trauma without harm either to the mother or the fetus.

The objectives of this study were:

to verify the frequency, degree and location of perineal lacerations associated with the use of hyaluronidase enzyme in normal births; to associate the perineal laceration to birth conditions and birth weight. This is a random controlled trial undertaken in 2003, at the Centro de Parto Normal [Normal Birth Center] of the Amparo Maternal Maternity Hospital, a philanthropic entity located in the city of Sao Paulo. The sample consisted of 134 women in labor without previous vaginal births, distributed in two groups of 67 women. Women assigned to Group 1 were given an injection of hyaluronidase enzyme in the perinea and women in Group 2 did not receive this injection. The results demonstrate that 56.0% of the women in labor suffered some sort of perineal laceration, being that 76.1% of these were in Group 2 (p<0.0001), with a prevalence of first degree lacerations (88.0%) and with no cases of second degree lacerations in Group 1 (p=0.049). The posterior perineal was the primary location of lacerations (74.7%), with a statistically significant difference between Groups 1 and 2 (p=0.018). As to the perineal results after birth, there was no significant statistical difference when the latter are associated to labor pains, the umbilical cord being wound around the babies' neck, the duration of the second stage of labor, height of the perineum or birth weight. Vitality was preserved among all newborns, being that the lowest scores were 8 and 9 in the first and fifth minutes, respectively. The hypothesis established by the study, that hyaluronidase enzyme injected in the perineum, during the second stage, reduces the frequency and degree of perineal lacerations in normal birth, was confirmed. The conclusion is that injection of hyaluronidase enzyme in the perineum is a simple and effective method of prevention of perineal lacerations in normal birth, with no risks for the woman and the baby

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