Uso de vaselina líquida na região perineal durante o parto normal
The use of liquid vaseline in the perineal region during normal birth

Publication year: 2004
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem to obtain the academic title of Mestre. Leader: Oliveira, Sonia Maria Junqueira Vasconcellos de

O traumatismo no períneo ocorre com frequência durante o parto vaginal e algumas técnicas e práticas têm sido utilizadas, entre elas o uso de vaselina, com a finalidade de reduzir esses danos. Assim, os objetivos foram: verificar a frequência, o local e o grau de laceração perineal, relacionando-o ao uso de vaselina líquida no períneo durante o período expulsivo do parto normal; identificar a duração do período expulsivo, relacionando-a ao uso de vaselina líquida na região perineal e relacionar a ocorrência de laceração perineal com o peso dos recém-nascidos, peso materno e paridade. Trata-se de um estudo experimental, aleatório, controlado do tipo ensaio clínico, realizado no Centro de Parto Normal do Amparo Maternal, instituição filantrópica localizada na cidade de São Paulo. A amostra foi composta por 76 parturientes sem parto vaginal anterior, distribuídas em dois grupos: Grupo Experimental - 38 parturientes que receberam lubrificação com vaselina líquida na região perineal durante o período expulsivo; Grupo Controle - 38 parturientes que não receberam lubrificação com vaselina líquida na região perineal durante o período expulsivo. Os resultados mostraram que a frequência de laceração perineal foi semelhante nos dois grupos (experimental 63,2% versus controle 60,5%). Houve predomínio de lacerações de primeiro grau nos dois grupos (72,3%) e o local de maior ocorrência foi no períneo posterior (53,2%), sem diferença estatística entre os grupos. Não foi constatada diferença estatística entre os dois grupos quanto à duração do período expulsivo. Observou-se que a vaselina aplicada no períneo durante o período expulsivo não reduziu a lesão do assoalho pélvico e a condição do períneo independe do peso do recém-nascido, do peso materno e da paridade. A prevenção do trauma perineal pode estar associada a outros fatores, como relaxamento da musculatura perineal próprio de cada mulher, menor peso fetal, puxo ) espontâneo, desprendimento fetal lento, posição materna no parto e prática de quem assiste ao parto
Perineal trauma occurs frequently during vaginal birth and some techniques, among which the use of vaseline, have been utilized to reduce this damage.

The objectives of this study were:

to verify the frequency, location, and degree of perineal laceration, associating the latter with the use of liquid Vaseline on the perineum during the second stage of normal birth; to identify the duration of the second stage relating it to the use of liquid Vaseline in the perineal region; to associate the occurrence of perineal lacerations with birthweight, maternal weight and parity. This is a randomized controlled clinical study undertaken in the Centro de Parto Normal [Normal Birth Center] of the Amparo Maternal Maternity, a philanthropic institution located in the city of Sao Paulo. The sample was composed of 76 women in labor with no previous vaginal deliveries, distributed in two groups: an Experimental Group - 38 women in labor whose perineal region was lubricated with Vaseline during the second stage; and, the Control Group - 38 women in labor whose perineal region was not lubricated with Vaseline during the second stage. The results indicate that the frequency of perineal laceration was similar in both groups ( 63.2% of the experimental group versus 60.5% of the control group). First degree lacerations predominated in both groups (72.3%) and the location where laceration occurred most frequently was the posterior perineum (53.2%), with no statistical difference between groups. There wasn't any statistical difference between the groups as to the duration of the second stage of labor. It was observed that applying Vaseline in the perineal region did not reduce lesions in the pelvic floor nor in the condition of the perineum independently of birthweight, maternal weight and parity. The prevention of perineal trauma may be associated to other factors, such as the degree of relaxation of the perineal muscles of each woman, smaller birthweight, spontaneous distention, slow fetal detachment, maternal position during delivery, and the experience of the professional assisting the woman in childbirth

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