Fatores de risco cardiovascular em crianças e adolescentes
Publication year: 2013
Theses and dissertations in Portugués presented to the Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará to obtain the academic title of Mestre. Leader: Silva, Viviane Martins da
O presente estudo abordou os fatores de risco cardiovascular na população específica de crianças e adolescentes, no ambiente escolar, investigando a prevalência destes fatores de risco. O enfermeiro, pode atuar neste ambiente e contribuir para o desenvolvimento de hábitos promotores da saúde cardiovascular, representando a possibilidade de prevenção mais efetiva da ocorrência de eventos cardiovasculares. Estudo do tipo transversal, com cenário composto pelas escolas da rede pública de Fortaleza, população: criança e adolescentes com idades entre 7 e 14 anos. Amostra não-probabilística, aleatória, com um total de 204 estudantes. Notou-se que o grupo apresentou predominância masculina; 70,6% foram classificados como eutróficos; 11,3% estavam com sobrepeso. Quanto à porcentagem de gordura corporal, as faixas normal e sobrepeso foram as mais identificadas. Quanto à classificação segundo os valores de pressão arterial, o grupo foi predominantemente normotenso. A maioria (74,5%) dos estudantes realizava atividade física. A mediana de escolaridade foi de 05 anos de estudo. Os estudantes tinham mediana de 12 anos de idade. Os estudantes do sexo feminino apresentaram maior frequência de valores alterados de pressão arterial, de gordura corporal, colesterol total, LDL, HDL, triglicerídeos, realizavam com menos frequência atividade física adequada. Os estudantes do sexo masculino alimentavam-se com mais frequência à TV (35%). Dos 204 estudantes avaliados, 51 (24%) apresentavam alteração da pressão arterial, destes, 32 (5,7%) tinham familiar diagnosticado com hipertensão, sendo 20 (9,8%) de segundo grau e 14 (6,9%) de primeiro grau. Acredita-se que estudar fatores de risco possibilita ao enfermeiro traçar planos de ação e estratégias comunitárias dentro da Estratégia Saúde da Família como no Programa Saúde da Escola. O impacto destas intervenções seriam visualizados à longo prazo, quando a população apresentasse redução de casos novos ou retardo na apresentação de sequelas e complicações associadas.(AU)