Aplicar a ferramenta nutricional - mNutric em uma unidade de terapia intensiva em doenças infecciosas

Publication year: 2021
Theses and dissertations in Portugués presented to the Coordenadoria de Controle de Doenças to obtain the academic title of Doutor. Leader: Nilton José Fernandes Cavalcante

A desnutrição é um problema de saúde pública e na unidade de terapia intensiva (UTI) a prevalência é alta e subdiagnosticada, por isso deve-se identificar precocemente os pacientes em risco nutricional. O objetivo deste estudo foi aplicar a ferramenta de triagem nutricional modified Nutrition Risk in Critically ill (mNUTRIC) em pacientes internados em uma UTI especializada em doenças infecciosas. Neste estudo longitudinal, com características descritivas, foram incluídos pacientes de ambos os sexos, com faixa etária maior que 18 anos e abaixo de 60 anos, sem exclusão de doenças, os quais tiveram permanência na UTI maior que 48 horas, com prognóstico de tratamento e recebendo alimentação exclusiva pela via enteral e/ou parenteral cujo início da terapia nutricional se deu em um período menor que 48 horas.

Os instrumentos utilizados foram:

questionário sobre as características da casuística e ferramenta nutricional mNUTRIC. A aplicação dos questionários foi realizada na UTI, no período compreendido entre maio de 2016 a março de 2018. A casuística foi composta de 57 pacientes, idade média de 38,92±10,63 anos e predominando o sexo masculino 64,9% (37). A principal causa de admissão na UTI foi pneumonia com 52,6% (30) pacientes. Verificou-se que 40,4% (23) deles evoluíram com infecção hospitalar. A ferramenta mNUTRIC identificou que 36,8% (21) pacientes estavam no grupo de alto risco nutricional. Notou-se que houve associação entre o escore de alto risco nutricional à adequação da circunferência do braço (CB), Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) e os desfechos clínicos mostraram-se desfavoráveis quando comparados aos de baixo risco nutricional. Quanto ao óbito, no grupo dos pacientes em alto risco nutricional, foi verificado que apresentaram maior porcentagem de óbitos no hospital (61,9%) e em 28 dias (33,3%) do que o grupo em baixo risco

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