Este estudo tem como objetivo a compreensão do que é ser chefe de serviço de enfermagem, segundo a percepção de enfermeiras que vivenciam ou vivenciaram este cargo. Para tanto, a investigação foi realizada com base nos pressupostos da pesquisa qualitativa, na modalidade no fenômeno situado, fundamentada na vertente fenomenológica. Nesta direção, o relato de 5 enfermeiras foram analisados segundo o fenômeno situado, tendo como questão norteadora: "o que é para você ser chefe de serviço de enfermagem?" Pela análise ideográfica dos 5 discursos foram resgatados os temas: As Demandas Psicossociais e as Demandas Técnica, Política e Ética que evidenciaram as relações enfermeira chefe de serviço de enfermagem/organização, enfermeira chefe de serviço de enfermagem/demais profissionais, enfermeira chefe de serviço de enfermagem/equipe de enfermagem e as relações da enfermeira chefe de serviço de enfermagem com ela mesma. A análise nomotética possibilitou a compreensão da estrutura geral do fenômeno, através das asserções que emergiram da análise das convergências e divergências das unidades de significado interpretadas, revelando que o fenômeno "ser chefe de serviço de enfermagem" é um vivencial caracterizado pela diversidade de experiências pessoais e profissionais; um processo de desenvolvimento pessoal e profissional considerado complexo, uma vez que a enfermeira ao assumir o cargo de chefia, tem que lidar ao mesmo tempo, com as demandas psicossociais e demandas política e ética, mostrando que este processo é permeado de sentimentos, necessidades, buscas, conflitos, satisfações e realizações.