Atenção, Educação e Gestão: produções da rede Profsaúde – Volume 3

Publication year: 2021

O envelhecimento da população é um fenômeno mundial. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que em 2025 existirão dois bilhões de pessoas com mais de 60 anos, com maior taxa de crescimento entre idosos com 80 ou mais anos. Esse processo destaca-se nos países em desenvolvimento, onde aumentos de até 300% da população idosa são esperados, especialmente na América Latina (OMS, 2015). No Brasil, o aumento da população idosa vem ocorrendo de forma muito rápida, sem a correspondente modificação nas condições de vida (LeiteCavalcanti, Rodrigues-Gonçalves, Rios-Aciutti & Leite-Cavalcanti, 2009). Em 2060, o percentual da população com 65 anos ou mais de idade deverá alcançar 25,5% (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2018). Santos, Andrade e Bueno (2009) afirmam que “o envelhecimento não é um processo unitário, não acontece de modo simultâneo em todo o organismo nem está associado à existência de uma doença”. Diante do envolvimento de vários fatores, este processo precisa ser entendido e planejado tendo em vista uma abordagem multidisciplinar. As diferenças na morbidade, invalidez e morte mudaram ao longo dos últimos anos. Idosos têm uma prevalência de 17% a 30% de transtornos mentais, sendo grande a associação com transtornos físicos (Garrido & Menezes, 2002; Pimenta et al, 2013). Idosos brasileiros são, em sua maioria, portadores de, no mínimo, uma doença crônica e fazem uso de medicamentos regularmente (Lima-Costa & Veras, 2003). Entre as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), a demência tem papel relevante, podendo o idoso apresentar sinais de declínio cognitivo

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