O presente estudo pretende estabelecer um olhar sobre a velhice e o envelhecimento, por meio de uma investigação crítica a partir de suas imagens e representações sociais; o laço social, suas vias de efetivação e esgotamento diante dos oferecimentos disponíveis na sociedade, assim como suas implicações em dar sentido à experiência vital; contrastando direitos sociais legislados versus sua real efetivação. Pretende, portanto, estabelecer uma discussão sobre questões acerca de ser velho, da velhice; seus sentidos e tendências, levando em conta as transformações demográficas do Brasil. No desenvolvimento do trabalho foi elaborado um breve histórico sobre as imagens associadas à velhice em diversas épocas, apresentando como ponto de inflexão as mudanças radicais do processo produtivo a partir da modernidade, que possibilitaram a maior longevidade e, consequentemente, a consolidação de uma população de idosos cada vez mais significativa. A pesquisa permite evidenciar que, apesar de tratar-se de uma parcela cada vez mais expressiva da população, principalmente a partir da segunda metade do século XX, o envelhecimento populacional vem sendo considerado de modo insuficiente quanto à sua complexidade e fatores psicossociais, permanecendo fora das agendas políticas. Prevalece uma visão economicista quanto às políticas públicas, assim como o etarismo naturalizado é característica do setor privado, apesar de estratégias midiáticas “inclusivas”. Para o desenvolvimento do trabalho estabeleceu-se o diálogo entre literatura, mídia, legislação sobre a pessoa idosa e a teoria psicanalítica freudiana, de maneira ampliada, utilizando uma abordagem metodológica qualitativa por meio de pesquisa bibliográfica, com o propósito de levantar imagens e traços de identificação que relacionem envelhecimento, velhice e cultura, positiva ou negativamente, tecendo críticas que permitam reflexões sobre o presente assim como tendências para o futuro.